
Uma obra de drenagem que está sendo realizada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) tem gerado uma série de transtornos para moradores do bairro Rocinha, em Feira de Santana. O serviço, realizado no cruzamento da Rua Joaquim Nabuco com a Rua São José, já dura cerca de seis meses.
Segundo apuração da reportagem do Acorda Cidade, o serviço é para a construção de uma rede de drenagem pluvial [água da chuva]. Os moradores afirmam que não são contra a obra, e sim contra a demora na conclusão do serviço, o que está provocando a interdição das ruas e impedindo a livre circulação de pedestres e condutores.
“O problema é a demora da Conder com essa obra que está aqui há muito tempo parada e a gente está tendo dificuldade com o transporte público. Os deliveries não estão fazendo entregas, pessoas com deficiência estão com dificuldade de locomoção, de ter acesso às suas próprias residências. É muita dificuldade o que a gente está passando aqui”, disse Renilson Rocha, morador do bairro há 30 anos.

O olho da prefeitura
Apesar de ser uma obra de inteira responsabilidade da gestão estadual, Renilson acredita que, se a Prefeitura de Feira de Santana atuasse como uma “fiscalizadora”, o serviço poderia ‘andar’ um pouco mais rápido.
“Ninguém pode entrar, ninguém pode sair, as ruas estão interditadas e a gente precisa urgentemente de uma fiscalização do Poder Público Municipal também. Porque a gente está vendo que é uma obra que não tem projeto algum e não tem fiscalização. A gente precisa urgentemente de uma fiscalização aqui nessa área”, disse o morador.

Tudo empatado
O morador Antônio Ferreira disse ao Acorda Cidade que já tentou, diversas vezes, obter auxílio de autoridades para solucionar o problema da demora na conclusão da obra. Uma interdição que, segundo ele, começou muito antes do período da Páscoa e que impede até o trânsito de bicicletas.
“É uma falta de concreto que nunca chega. Já procurei o engenheiro da Conder, as pessoas que estão envolvidas na obra, aí fica esse empurra-empurra: falta material, falta concreto, uma hora falta areia, outra hora falta brita. O responsável pela obra também não cobra, não exige [agilidade], a prefeitura não aperta e a gente não sai de casa nem mais com carrinho de mão. Não entra entrega, não entra nada. Tá todo mundo prejudicado”, concluiu o morador.
O que diz a Conder?
A produção do programa Acorda Cidade irá entrar em contato com a Conder solicitando um retorno sobre a conclusão da obra.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão
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