‘Nasceu pronta, fluiu em 15 minutos’, diz Juliano Cortuah sobre criação do tema do Planeta Atlântida


Artista conta que jingle foi composto em poucos minutos e lembra momentos no festival. A 27ª edição do Planeta ocorre dias 2 e 3 de fevereiro, na Saba. Juliano Cortuah, autor da música tema do Planeta Atlântida
Divulgação
Levar a energia do verão, através do som, até os ouvidos do imenso público do Planeta Atlântida foi o desafio acolhido pelo compositor e produtor Juliano Cortuah, autor da música tema do festival. “Foi uma canção que nasceu pronta, a ideia da composição fluiu em 15 minutos”, relembra o artista.
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Após um encontro com o comunicador da Rádio Atlântida Alexandre Fetter, surgiu o convite de elaborar um jingle que fosse a cara da estação mais alegre do ano. Inspirado por uma visão de caminhar na beira da praia, durante o entardecer, o músico se deixou conduzir pela imaginação entrelaçando letra e melodia.
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Cortuah comenta sobre “letra, melodia e tudo mais” aparecerem para ele de imediato, como se o jingle estivesse à espera dele para vir ao mundo. Foi “como se ela já existisse e eu, simplesmente, ‘pescasse no mar das grandes canções'”.
Reveja a banda Harmadilha tocando o tema do Planeta Atlântida em 1996
Entre as referências que inspiraram a composição, está a banda norte-americana Van Halen. “Eles tinham essa onda de rock com melodias de piano como introdução das canções e essa sonoridade mais ‘solar’ que a canção pedia”, conta Cortuah.
Na época, o músico integrava a banda Harmadilha, de Porto Alegre, e foi com ela que deu voz à gravação do jingle.
“Gravamos todos os vocais do refrão e isso trouxe uma dinâmica muito especial, aliás esse era um dos diferenciais da Harmadilha , os cinco integrantes, além de musicistas, eram cantores. Não vocalistas, cantores mesmo. E isso fez toda a diferença na dinâmica do refrão da canção”, explica.
Os primeiro a tocar no palco
Em 1996, a Harmadilha abriu a noite estreia do Planeta Atlântida, no palco principal, tocando o tema do festival. “Isso vou guardar para sempre e com muito orgulho”, diz Juliano Cortuah.
Com ousadia, além do jingle, o grupo apresentou um repertório autoral. Por ser uma banda estreante no evento, poucos sabiam cantar as letras. No entanto, isso não impediu que alguns aprendessem ali mesmo cantar em uma só voz os refrãos da Harmadilha.
“Quando percebemos que a galera estava cantando as músicas, senti algo que jamais havia sentido. Ver aquele mar de gente cantando nossas canções foi algo realmente inesquecível e que marcou minha vida pra sempre”, rememora.
Planeta Atlântida 2023
Felipe Nogs/Agência Preview
A banda se apresentou mais dois anos seguidos no festival. “Cada show tem um lugar pra lá de especial em minha coleção das melhores memórias dessa vida”, diz Cortuah.
Para o compositor do tema do festival, o jingle se reinventar a cada ano é gratificante. Ele ainda destaca a favorita: “gosto muito da versão da Fresno, foi uma das que mais curti até aqui”.
Ele ainda comenta que se fosse tocar a música na 27ª edição do evento, seria uma “mistura de um instrumental orgânico com bastante guitarras, com um beat eletrônico mais pesado e algumas programações que trouxessem frescor ao tema”, define.
Reality, produção e dublagem
Os 15 minutos que deram origem ao jingle começam a fazer sentido quando se entende que música é a essência de Cortuah. Ele começou a cantar com cinco anos, com o incentivo da família.
Ao longo da carreira, ele participou de reality musical, formou bandas, produziu álbuns, fez arranjos para artistas premiados, foi indicado ao Grammy Latino, montou estúdio e até dublou canções de filmes da Disney.
“Me sinto em um momento muito especial da carreira, onde posso trabalhar com canções que acredito, artistas que admiro, em um meio onde me sinto respeitado. Olho para trás e me orgulho dos álbuns que produzi, das canções que compus, dos amigos que tenho feito nesses anos todos”, celebra.
Novas gerações
Tendo trabalhado com Ana Vilela e outros respeitados nomes da geração atual da música brasileira, Cortuah diz gostar do “olhar dos artistas da Nova Geração pra MPB”. Ele destaca o cuidado dessa leva de músicos com a sonoridade local.
“Gosto muito da poesia de alguns artistas dessa geração, do olhar e busca pelo violão de nylon. Pelas harmonias mais trabalhadas e que remetem à musica essencial e genuinamente brasileira. Gosto muito disso, dessa mistura da MPB com beats mais modernos agregados a uma poesia inteligente e atual”, comenta Juliano.
26ª edição do Planeta Atlântida.
Roberto Furtado/ Agência Preview
Ao refletir sobre sua arte, Cortuah diz aproveitar cada sentimento e experiência como fonte criativa. “Penso que tudo que crio está diretamente ligado a tudo que eu vivo, então tudo pode ser usado como inspiração os melhores ou os piores momentos”.
Assim, ao longo dos 27 anos de Planeta Atlântida, o jingle que já grudou na mente do planetários reflete a história do produtor musical, mas também a essência do festival, ao capturar a energia de uma canção que nasceu na imaginação e se transformou em realidade em um curto intervalo de tempo.
Transmissão do festival
A TV Globo irá exibir em rede nacional os melhores momentos do Planeta Atlântida, no domingo (4), após o Big Brother Brasil (BBB). O evento ocorrerá nos dias 2 e 3 de fevereiro, na Saba, no Litoral Norte do RS.
O Estúdio Atlântida no Planeta, que realiza a transmissão oficial na Rádio Atlântida e no YouTube, exibirá os shows na RBS TV.
Na sexta-feira (2), após o Jornal da Globo, e no sábado (3), após o BBB, será possível acompanhar tudo que está rolando no festival.
VÍDEOS: Tudo sobre o Planeta Atlântida

O jingle do Planeta Atlântida não apenas reflete a essência do festival, mas também captura a magia de uma criação que nasceu da imaginação e se transformou em realidade em um curto intervalo de tempo.

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