Bebê morre dentro da barriga da mãe e familiares acusam hospital de negligência no Maranhão


De acordo com Bárbara de Aquino, mãe da criança, ela teria procurado o Hospital Municipal de Santa Inês, cidade no interior do Maranhão, três vezes antes de perder o bebê. Prefeitura de Santa Inês investiga o caso. Hospital Municipal de Santa Inês é acusado de negar atendimento médico à Bárbara de Aquino.
Reprodução/TV Mirante.
Uma família de Santa Inês, cidade a 243 km de São Luís, denuncia o Hospital Municipal Tomaz Martins após um bebê ter morrido, ainda na barriga da mãe no último domingo (28). Os familiares afirmam que após sentir dores intensas, a mãe da criança, Bárbara de Aquino, deu entrada na unidade várias vezes e quando foi examinada, a criança já estava sem vida.
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Bárbara disse que procurou uma clínica para fazer uma ultrassonografia na semana passada, onde constatou que seria necessário fazer uma cesárea com urgência, pois não tinha condições de parto normal. O exame contrariou a versão do profissional que a atendeu no Hospital Municipal, que teria dito não ser o momento adequado para fazer o parto e que ela aguardasse por três dias, mesmo levando o resultado.
“O médico só disse que não tava na hora, olhou lá e disse que tava tudo certo com o bebê e me mandaram vim embora. Eu levei tudo, na mesma hora que fiz a ultrassom eu levei pro doutor”, disse Bárbara.
Esta era a oitava gestação da vítima. Ela alega que fez todos os exames de pré-natal normalmente no posto de saúde perto de sua casa. Após se queixar de dores na barriga que duravam 5 dias, a médica responsável pelo acompanhamento teria encaminhado a mãe novamente para o hospital para que ficasse internada para realizar o parto cesáreo.
Dessa vez, a mãe conta que foi atendida e diagnosticada por uma enfermeira que voltou a despachá-la, alegando que o parto deveria ser normal, assim como as outras vezes.
“A enfermeira tornou a dizer que eu tinha que ter normal porque meus filhos todinhos foram [de parto] normal. Aí eu voltei de novo”, relatou a mãe.
Na última vez que deu entrada no hospital, no último domingo (28), o bebê já estava morto. Bárbara afirma que ficou internada, mas que não tinha mais nada a ser feito. Ela acusa o hospital de negligência por desconfiar que a criança teria passado da hora de nascer.
“Fizeram o exame lá, pediram outra ultrassom e disseram que já estava morto. Eu sempre ia no hospital e falava e eles diziam que era normal sentir dor, até que morreu a criança morreu. O médico nem foi fazer o parto,” disse.
Em nota, a Prefeitura de Santa Inês disse que está levantando mais informações sobre esse caso. De acordo com a assessoria de comunicação, Bárbara só teria feito o acompanhamento de pré-natal duas vezes e faltado outras 12 consultas com a médica para concluir o atendimento e que não tinha indicativo do parto cesáreo, já que havia feito oitos normais anteriormente.
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