

Conclave não tem prazo para acabar e cardeais ficarão isolados até o fim do processo – Foto: Andrew Medichini/AP/ND
Após o funeral do Papa Francisco no último sábado (26), a Igreja Católica se prepara para o conclave. Os 180 cardeais reunidos na Congregação Geral no Vaticano, nesta segunda-feira (28), escolheram o dia 6 de maio para a eleição do novo pontífice.
O termo “conclave” faz referência ao fechamento à chave da Capela Sistina, onde os cardeais ficam trancados até definir quem será o novo papa. Somente aqueles com menos de 80 anos podem participar da votação.
A eleição só pode começar após nove dias de luto pela morte do Papa Francisco, contados a partir do sepultamento no sábado. A Capela Sistina será fechada ao público nesta segunda-feira para o início dos preparativos.
Fiéis já especulam quem pode se tornar o sucessor do argentino Jorge Mario Bergoglio. Sete brasileiros estão entre os pouco mais de 100 cardeais aptos a votar.
Entenda como funciona o conclave, que definirá o sucessor do Papa Francisco
Segundo o Vaticano, 135 eleitores participarão do conclave na quarta-feira, dia 6 de maio, na Capela Sistina. Podem ocorrer até quatro votações por dia.
Se após três dias um novo papa ainda não tiver sido definido, os cardeais se reúnem em oração. Isso pode se repetir até sete vezes. Durante todo o processo, os eleitores permanecem isolados, sem qualquer comunicação externa, garantindo total sigilo.
Para ser eleito no conclave, o candidato precisa somar dois terços dos votos. Caso nenhum candidato alcance dois terços dos votos, a Igreja Católica determina que os dois mais votados na última rodada disputem uma votação final, que se encerrará apenas quando um deles atingir a maioria de dois terços.

Sete cardeais brasileiros participarão da eleição do novo papa no Vaticano – Foto: @arqbrasilia/Instagram/ND
A cerimônia será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício. Quando o novo papa for escolhido, o público será informado pela fumaça branca da queima das cédulas, vista da Praça São Pedro.
O decano confirma se o candidato eleito aceita o resultado. Em seguida, pergunta: “Como quer ser chamado?”. O novo pontífice é apresentado ao mundo pela sacada da Basílica de São Pedro.
Não há previsão para o fim da eleição. A mais longa da história durou dois anos e dez meses, entre 1268 e 1271. As últimas duas eleições, em 2005 e 2013, duraram somente dois dias.