
Reprodução/Arquivo Pessoal
A vida de Paulo Victor Ferreira da Silva, de 16 anos, mudou no dia 19 de janeiro. Naquela tarde, o adolescente, morador de Cariacica, foi à Praia da Costa, em Vila Velha, com amigos, para dar um mergulho.
O passeio foi interrompido de forma abrupta quando Paulo Victor, que estava de costas para o mar, foi atingido por uma onda. Ele foi lançado para a frente e bateu a cabeça em um banco de areia. Naquele momento, perdeu totalmente os movimentos do pescoço para baixo.
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Segundo a mãe do adolescente, Simone Ferreira, a notícia do acidente do filho foi passada a ela por uma amiga.
“Ela veio me dizer que o Paulo Victor havia sofrido um acidente, quando era por volta de 18h30. Ela me disse que ele estava sem os movimentos e foi tirado da água pelos amigos. Aquilo para mim foi desesperador”, disse.
Simone relata que a angústia se tornou ainda maior após tentar visitar o filho na UTI do Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue), o antigo São Lucas, em Vitória, no mesmo dia do acidente. Apesar de ser mãe, a entrada não foi autorizada por ter acabado o horário de visita.
Ela só conseguiu visitar Paulo Victor no dia seguinte. Foi quando Simone recebeu a notícia de que o filho estava tetraplégico.
“Fui ao Hospital São Lucas sem saber de nada, junto com minha filha, mas disseram que o horário de visita havia acabado. No outro dia, fui visitá-lo e o médico me contou que ele perdeu os movimentos do pescoço para baixo. Aquilo para mim foi um desespero que não consigo explicar”, desabafa.
Mudanças na vida da família
Desde a alta do hospital, a vida do adolescente mudou completamente. Antes ativo, Paulo Victor passou a depender totalmente da família para atividades básicas, como comer, beber água, tomar banho.
Para cuidar do filho, Simone, que trabalhava como zeladora em um condomínio, precisou deixar o emprego.
“A rotina dele é ficar na cama. Se quer beber água, preciso dar na boca dele, se quer comer, também. É preciso trocar as fraldas, limpá-lo. Me tornei os pés e as mãos dele. Agora, conseguiu a começar a firmar o pescoço um pouco, depois de duas sessões de fisioterapia, que são muito caras”, relata.
Paulo Victor jogava futsal e havia acabado de iniciar o Ensino Médio. A escola também precisou ser deixada de lado e, segundo Simone, ainda não há previsão de retorno.
Ajuda e doações
Paulo Victor realizou duas sessões de fisioterapia, mas ainda precisa de outros cuidados, como urologista, por não conseguir controlar a urina, além de cardiologista e demais acompanhamentos médicos.

Para ajudar com os custos do tratamento, a família já fez rifas, e atualmente conta com uma vaquinha online. Os gastos no tratamento do adolescente vão dos exames a viagens de táxi adaptado.
“Sempre precisamos de fraldas, muitas fraldas, além de lenços. As pessoas nos ajudam. Às vezes, mandam um dinheirinho e consigo comprar uma fruta para ele, algo diferente. Conto muito com o apoio das minhas filhas, que sempre nos ajudam. Foram elas que começaram com essa movimentação, junto de amigos. Como estou sem trabalhar, precisamos muito de ajuda. O que posso fazer é cuidar dele.”
Para acessar a Vaquinha e ajudar na rotina de Paulo Victor e da família, basta acessar o link da campanha.