
O Google firmou um acordo significativo com a Samsung para garantir que o Gemini, seu assistente virtual baseado em modelos de linguagem, seja instalado por padrão em dispositivos da fabricante sul-coreana. Este movimento reflete uma estratégia semelhante àquela adotada anteriormente com a Apple, onde o Google pagou para manter seu buscador como padrão no Safari. A parceria com a Samsung, iniciada em janeiro de 2025, destaca a importância de manter o Gemini como assistente padrão nos dispositivos Android.
Embora os valores exatos do acordo não tenham sido divulgados, sabe-se que o Google realiza pagamentos mensais à Samsung. Além disso, a fabricante sul-coreana recebe comissões por interações com anúncios exibidos no aplicativo do Gemini. Essa colaboração entre as duas gigantes da tecnologia é um exemplo de como parcerias estratégicas podem moldar o mercado de dispositivos móveis.
Por que o Google paga para ter o Gemini pré-instalado?
A decisão do Google de pagar para ter o Gemini pré-instalado em dispositivos Samsung está alinhada com sua estratégia de garantir que seus serviços permaneçam centrais no ecossistema Android. O Gemini, que substitui gradualmente o Google Assistente, é uma ferramenta avançada que utiliza modelos de linguagem para interagir com os usuários de forma mais natural e eficiente. No Galaxy S25, por exemplo, o Gemini já vem instalado de forma nativa, substituindo até mesmo a Bixby, assistente virtual da própria Samsung.
Essa abordagem permite ao Google manter sua presença dominante no mercado de assistentes virtuais, ao mesmo tempo, em que oferece aos usuários uma experiência integrada e contínua. A pré-instalação do Gemini garante que os usuários tenham acesso imediato ao assistente, sem a necessidade de downloads adicionais, aumentando assim a adesão e utilização do serviço.
O impacto das práticas do Google no mercado de tecnologia

As práticas do Google, como a pré-instalação obrigatória de seus serviços, têm sido alvo de escrutínio regulatório. Em agosto de 2024, um juiz distrital dos Estados Unidos concluiu que o Google atua como um monopólio, empregando práticas anticompetitivas para manter sua liderança no setor de buscas. Isso levou a discussões sobre possíveis sanções, incluindo a venda do navegador Chrome, que detém uma grande fatia do mercado.
Essas medidas regulatórias podem ter implicações significativas para o Google e para o mercado de tecnologia como um todo. A obrigatoriedade de compartilhamento de dados coletados pelo buscador do Google é uma das propostas que podem alterar o cenário competitivo, permitindo que outras empresas, como a OpenAI, acelerem o desenvolvimento de suas próprias tecnologias.
Qual o futuro das parcerias entre gigantes da tecnologia?
O futuro das parcerias entre empresas como Google e Samsung dependerá de como as regulamentações evoluem e de como o mercado responde a essas mudanças. A decisão final sobre as práticas do Google, esperada para setembro de 2025, poderá redefinir as regras do jogo para as gigantes da tecnologia. A venda de produtos como o Chrome ou o Android poderia abrir novas oportunidades para concorrentes e mudar a dinâmica do mercado.
Independentemente do desfecho, o impacto dessas decisões será profundo para os consumidores e para a experiência digital como um todo. As parcerias estratégicas continuarão a desempenhar um papel crucial na definição do futuro da tecnologia, influenciando desde a forma como os dispositivos são fabricados até como os usuários interagem com eles no dia a dia.
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