Bombeira conta que decidiu mudar para Brumadinho com a família após tragédia: ‘Eu falei: eu tenho que morar aqui’

Nívea Mara, que é técnica em enfermagem, começou a trabalhar em Brumadinho no segundo dia da tragédia. Bombeira conta que decidiu mudar para Brumadinho com a família após tragédia: ‘Eu falei: eu tenho que morar aqui’
O Fantástico deste domingo (28) mostra o trabalho dos Bombeiros ao longo de cinco anos da tragédia em Brumadinho (MG). 270 pessoas morreram soterradas no rompimento da barragem em 25 de janeiro de 2019. Três ainda não foram encontradas.
A sargento Mara começou a trabalhar em Brumadinho no segundo dia da tragédia. “A minha missão é cuidar de quem salva”, diz Nívea Mara, do Corpo de Bombeiros/MG.
A militar, que é técnica em enfermagem, se mudou para a cidade.
“Primeiro aluguei um chalé e minha família ia me visitar, né? Depois eu fui, aluguei um sítio. Aí eu falei: ‘gente, eu tenho que morar nesse lugar porque está longe, Belo Horizonte está muito longe’. Aí eu comprei uma casa. Levei toda a minha família para lá, levei pai, mãe, filho, marido e hoje nós moramos em Brumadinho”, ressalta.
Acordo de reparação
A Vale fez um acordo de reparação no valor de R$ 37 bilhões. A mineradora afirmou que já cumpriu 68% do acordo. 15,4 mil pessoas foram indenizadas. 270 pessoas morreram soterradas no rompimento da barragem.
Três ainda não foram encontradas. A corretora Maria de Lurdes da Costa Bueno tinha 59 anos e estava hospedada em uma pousada. Tiago Tadeu Mendes da Silva, de 34, era funcionário da Vale. E Nathália Porto, de 25 anos, fazia estágio na mineradora.
“Enquanto eles estão lá forte junto com a gente unidos, esperando para né fazer um enterro digno e atuando lá na área com maior fervor, a gente também tem essa esperança, né?”, diz Tânia de Oliveira, Prima da Nathalia
As buscas ao longo desses 5 anos
Nesses cinco anos, cerca de 6 mil bombeiros de Minas Gerais se revezaram nas buscas na área da tragédia. As estratégias também foram mudando com o passar do tempo. No início, os militares se jogavam na lama e encaravam os rejeitos.
Agora, essas grandes esteiras são usadas – são grandes estações de triagem do material. Elas funcionam 24 horas e o trabalho é totalmente visual. 75% dos 11 milhões de metros cúbicos de rejeito já foram vistoriados. A tecnologia aumentou a eficiência do trabalho dos militares.
“O material mais grosso é separado primeiramente e depois o material mais fino é retirado para que o bombeiro militar consiga focar sua atenção, a sua busca, a sua inspeção visual somente naquele material com mais de cinco centímetros de diâmetro que pode ser levado a partir da suspeita sendo material de interesse à perícia para identificação de novas vítimas”, pontua o tenente Henrique Barcellos – Porta-voz do Corpo de Bombeiros.
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