Ativistas que jogaram sopa na Mona Lisa serão condenadas a pagar multa de R$ 8 mil

Mulheres afirmaram ter agido pelo ‘direito à alimentação saudável e sustentável’, denunciando um ‘sistema agrícola doente’. ‘Mona Lisa’: ativistas jogam sopa em pintura em Paris
As duas ativistas ambientais que jogaram sopa no vidro blindado que protege o quadro Mona Lisa no museu do Louvre, em Paris, no domingo (28), serão apresentadas a um juiz que vai recomendar que paguem uma “contribuição cidadã” a uma associação caritativa para evitar um processo, disse a promotoria de Paris nesta segunda-feira (30).
As duas mulheres afirmaram ter agido pelo “direito à alimentação saudável e sustentável”, denunciando um “sistema agrícola doente”.
A ação foi reivindicada por um coletivo denominado “Riposte Alimentaire” (retaliação alimentar) que afirma liderar “uma campanha de resistência civil na França que visa provocar uma mudança radical na sociedade no âmbito climático e social”, num comunicado de imprensa enviado à AFP.
As duas ativistas foram detidas e colocadas sob custódia policial.
No final da detenção policial, “as duas pessoas foram acusadas de penetrar ou permanecer num museu na França, pertencente a uma pessoa pública ou a um particular que exerça uma missão de interesse geral, incluindo o acesso proibido ou regulamentado de forma aparente, por ter atravessado o espaço seguro demarcado em frente ao quadro”, detalhou a acusação, solicitada pela AFP. Esta violação é punível com multa de € 1.500 (R$ 8.000).
As duas ativistas serão apresentadas “hoje perante um representante do Ministério Público, com vista a uma contribuição cidadã”, o que constitui uma alternativa a um processo, acrescentou. “A obra não sofreu danos”, garantiu o museu do Louvre no domingo.
Segundo a instituição, as duas mulheres esconderam a sopa de abóbora em uma garrafa térmica.
A famosa pintura de Leonardo da Vinci, exposta sob a proteção de um vidro blindado desde 2005, já foi vítima de vandalismo diversas vezes. Em maio de 2022, por exemplo, foi atingida por uma torta de creme.
Ativistas ambientais vêm realizando ações com obras famosas há alguns anos. Em novembro de 2022, manifestantes colaram as mãos no quadro de Goya, no museu do Prado, em Madri, em protesto contra a inação climática. Poucos dias antes foi a vez de um quadro de Van Gogh, no Palácio Bonaparte, em Roma, ser alvo do mesmo tipo de manifestação.
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