
O ano de 2025 começou com força total para o agronegócio capixaba. No primeiro trimestre, o setor gerou mais de US$ 816,3 milhões em divisas, o equivalente a quase R$ 4,8 bilhões. Esse valor representa o maior já registrado para o período desde o início da série histórica, superando todos os resultados anteriores. Em comparação com o mesmo período de 2024, o crescimento foi de 26% – um salto expressivo frente aos US$ 647,7 milhões registrados no ano passado.
O desempenho do Espírito Santo também foi bem superior ao cenário nacional. Enquanto as exportações do agro brasileiro avançaram apenas 2% em valor e recuaram 4,9% em volume, o estado embarcou mais de 650,9 mil toneladas de produtos, reforçando sua competitividade internacional.
As maiores altas no valor exportado foram registradas nos seguintes produtos: pimenta-do-reino (+164,9%), pescados (+123,8%), café solúvel (+72,4%), carne de frango (+54,6%), mamão (+28,0%), café cru em grãos (+18,4%), chocolates e derivados do cacau (+10,2%) e celulose (+9,5%).
Também houve crescimento no volume exportado desses produtos. Destacam-se: pescados (+104,2%), carne de frango (+55,9%), pimenta-do-reino (+44,5%), mamão (+26,3%), café solúvel (+20,1%), gengibre (+19,9%), celulose (+3,3%) e álcool etílico (+2,2%).
O trio formado pelo complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino foi responsável por 95% do valor total exportado pelo agronegócio capixaba no trimestre. No total, os produtos do agro capixaba foram enviados para 100 países. Os Estados Unidos lideraram como principal destino, com 19,3% do valor exportado, seguidos por Turquia (11,2%) e China (6,8%). No acumulado do primeiro trimestre, o agronegócio respondeu por 34% das exportações totais do Espírito Santo.
Os dez principais produtos exportados foram:
- Complexo cafeeiro – US$ 420,4 milhões (51,5%)
- Celulose – US$ 259,9 milhões (31,8%)
- Pimenta-do-reino – US$ 93,9 milhões (11,5%)
- Mamão – US$ 7,8 milhões (0,96%)
- Carne bovina – US$ 6,4 milhões (0,79%)
- Chocolates e preparados com cacau – US$ 4,5 milhões (0,56%)
- Álcool etílico – US$ 3,7 milhões (0,46%)
- Pescados – US$ 3 milhões (0,37%)
- Gengibre – US$ 2,8 milhões (0,35%)
- Carne de frango – US$ 1,8 milhão (0,22%)
Vale destacar o desempenho do café. Em 2024, o complexo cafeeiro liderou a pauta de exportações pela quarta vez na história, sendo responsável por 60% do valor gerado. Em 2025, o café segue na liderança e ampliou ainda mais sua participação, impulsionado pela valorização dos preços no mercado internacional.
Outro destaque do trimestre foi a posição de liderança do Espírito Santo como maior exportador nacional de gengibre (56% do total), pimenta-do-reino (65%) e mamão (42%). O estado também superou São Paulo na comercialização do complexo cafeeiro, que inclui café cru em grãos, solúvel e torrado/moído, conquistando a segunda posição no ranking nacional de exportações de café e derivados.