Justiça manda soltar jovem suspeita de envenenar água de namorado, na Grande João Pessoa


Liberdade foi concedida por falta de provas. Jovem denunciou que é vítima de violência doméstica. Jovem de 23 anos foi presa após confessar que colocou veneno de rato na garrafa de água do ex-namorado, em Bayeux
Reprodução/TV Cabo Branco
A Justiça determinou, nesta sexta-feira (26), a soltura da jovem de 23 anos suspeita de envenenar o namorado, um policial militar de 41 anos. Ela estava presa desde o dia 17 de janeiro e a liberdade foi determinada por falta de provas materiais do suposto envenenamento. A jovem também denunciou que é vítima de violência doméstica, e a Delegacia da Mulher de Bayeux, na Grande João Pessoa, vai investigar.
Em entrevista à TV Cabo Branco, a delegada Amin Oliveira disse que os advogados da jovem procuraram a Delegacia da Mulher para que ela pudesse prestar queixa sobre a violência física e psicológica. Segundo a jovem, os casos de violência aconteceram nos últimos seis meses.
A delegada contou ainda que exames feitos quando a jovem foi presa constataram que ela estava ferida, o que colabora com a denúncia de violência doméstica. “Já existem provas robustas da violência”, afirmou Amin Oliveira.
O caso da suposta tentativa de envenenamento segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios, e a Delegacia da Mulher vai apurar a questão da violência doméstica.
Suspeita de envenenamento
O cabo da Polícia Militar foi internado no dia 17 de janeiro após beber água de uma garrafa na qual a ex-namorada teria colocado veneno de rato, sem ele saber. A jovem, de 23 anos, foi presa em flagrante, na cidade de Bayeux, na Grande João Pessoa.
Segundo a PM, o cabo, lotado na 4ª Companhia Independente da Polícia Militar, em Bayeux, estava se preparando para iniciar o expediente quando passou mal após beber água na garrafa que sempre usa para se hidratar. Ao perceber os sintomas, solicitou apoio aos demais policiais, que o levaram para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.
Na unidade hospitalar, ele indicou aos colegas policiais que suspeitou que haveria veneno na garrafa de água, e que quem poderia ter colocado seria uma jovem de 23 anos, com quem se relacionava. Segundo ele, a mulher não estaria aceitando o fim do relacionamento.
A polícia fez buscas na região e encontrou a mulher no bairro Mário Andreazza, em Bayeux. No dia da prisão, a PM disse que ela confessou que comprou chumbinho, substância usada como veneno para matar ratos, e, como tinha acesso a casa da vítima, colocou na garrafa que sabia que ele usava para se hidratar.
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