HC de Ribeirão Preto, SP, prepara terceira cirurgia de separação de gêmeas unidas pela cabeça

Irmãs, que são de São José dos Campos (SP), já estão internadas e para passar pelos primeiros exames. Referência em casos de siameses craniópagos, hospital realizou duas cirurgias de sucesso em 2018 e 2023. HC da USP Ribeirão se prepara para a terceira cirurgia de seperação de gêmeas siamesas
O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP) se prepara para a terceira cirurgia de separação de gêmeas nascidas unidas pela cabeça. O último procedimento, que separou em definitivo as irmãs Allana e Mariah, aconteceu em agosto de 2023.
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O primeiro foi em 2018, quando, em um caso inédito, a equipe do neurocirurgião Hélio Rubens Machado, chefe da neurocirurgia pediátrica do HC, separou as gêmeas Maria Ysadora e Maria Ysabelle.
Este terceiro caso é de siamesas que nasceram em São José dos Campos (SP). Elas já estão internadas no HC para os primeiros exames.
“Esse tipo de cirurgia é uma cirurgia extremamente complexa e que envolve muitas pessoas. Tem os aspectos pediátricos e a própria família, que também precisa entender que são várias cirurgias, várias anestesias, muitos exames, exames sofisticados”, diz Machado.
Equipe médica usa neuronavegação na terceira cirurgia de separação das irmãs Allana e Mariah, gêmeas unidades pela cabeça, no HC de Ribeirão Preto, SP
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
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Famílias de gêmeas siamesas se encontram em Ribeirão Preto após cirurgia de separação total
A equipe de neurocirurgia já se prepara para este terceiro caso. A primeira cirurgia deve acontecer em breve. O processo de separação total é demorado, e costuma levar, em média, dois anos.
Uma imagem exclusiva em 3D mostra como as gêmeas estavam na barriga da mãe, em novembro de 2023.
Imagem em 3D mostra como gêmeas, que serão separadas no HC em Ribeirão Preto (SP), estavam na barriga da mãe
Reprodução/EPTV
Vida longa pela frente
Referência em cirurgia de separação de gêmeas siamesas unidas pelo crânio, o HC comemora a saúde das duas primeiras irmãs que passaram pelo procedimento.
“Todas elas ainda tem um longo caminho a percorrer, mas o pior já passou. Essa é uma sensação indescritível”, diz o neurocirurgião.
Maria Ysadora e Maria Ysabelle passaram por cirurgia de separação total de crânio em 2018, no HC em Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/EPTV
Em novembro do ano passado, as famílias de Allana e Mariah e Maria Ysadora e Maria Ysabelle se encontram em Ribeirão Preto. Emocionados, pais e médicos comemoraram recuperação das quatro meninas.
A evolução dos dois casos, que aconteceram em 2018 e 2023, foi considerada ótima pela equipe do Hospital das Clínicas e a expectativa deste novo caso é igualmente empolgante para Machado.
“A USP é gigantesca. A grande vantagem da USP é que ela é ramificada, ela tem, vamos dizer assim, tentáculos em todos os lados. Ela dá pra você oportunidade e te acolhe”.
Allana e Mariah se recuperam em casa, em Piquerobi (SP), após passarem por cirurgia de separação total de crânio em 2023, em Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/EPTV
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