Advogado transforma chácara em museu rural com objetos de quase um século: ‘Valor sentimental’

Advogado coleciona há 30 anos mais de quatro mil objetos, como utensílios rurais e veículos antigos. A chácara, que se transformou em museu rural, fica localizada em Santa Rita D’Oeste (SP). A dupla Gean e Giovani já esteve no local. Objetos antigos reunidos pelo colecionador Edemilson Gomes, em propriedade que ele transformou em ‘museu rural’, em Santa Rita d’Oeste (SP)
Arquivo pessoal
Um advogado transformou a própria chácara, localizada em Santa Rita d’Oeste (SP), em um museu rural. No total, são quatro mil itens colecionados, entre veículos e objetos diversos, alguns com um século de existência. Até mesmo a dupla Gian e Giovani já esteve no local, que é aberto somente para convidados. Veja fotos abaixo.
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Edemilson da Silva Gomes, de 58 anos, começou a coleção há 30 anos, juntando algumas peças. Entre elas, um rádio fabricado em 1964 que ganhou do pai. Com o passar do tempo, o advogado pegou gosto pelas antiguidades e decidiu reunir tudo na chácara que possui na região noroeste de São Paulo.
“Tem gente que fala que tem saudade da época antiga. Então, eu resolvi trazer a época antiga de volta”, declara Edemilson.
Segundo ele, as peças remetem à época em que as cidades do interior paulista ainda eram vilas chamadas de “patrimônio” e o comércio era a popular “vendinha” com a balança de ponteiro no balcão.
No museu do colecionador tem a tal balança. Tem, ainda, a charrete com a qual as pessoas se deslocavam. E os ferros de passar roupa que funcionavam à brasa. “Tenho uns 200 desses ferros, que comprei de um amigo que não queria mais. Falta desencaixotar”, declara Edemilson.
A maior parte dos itens está abrigada na casa antiga da propriedade rural. Os demais foram espalhados por um barracão de 20 por 15 metros.
Ali, as peças fazem companhia a outros xodós do colecionador: os pavões que habitam o lugar, e os veículos antigos. Com destaque para o Ford 1928 vermelho, com o qual ganhou o troféu de carro importando mais antigo em Santa Fé do Sul (SP), durante encontro realizado em 2022.
“Nasci em casa de barro, com chão de terra. Fui guardando alguns objetos. Pensei em transformar o lugar em um museu. Daí, percebi que tudo que é antigo, é rural”, conta Edemilson.
Carro Ford 1928, que integra a coleção do advogado Edemilson Gomes, que transformou chácara em museu rural em Santa Rita d’Oeste (SP), com 4 mil itens
Arquivo pessoal
Outro destaque entre os automotores é a perua Rural Willis 1965, que Edemilson adquiriu no Paraná e com a qual rodou por 900 quilômetros até levá-la ao museu rural de Santa Rita d’Oeste.
Convidados especiais
De acordo com Edemilson, celebridades também frequentam o lugar, como a dupla sertaneja Gian e Giovani: “Eles ficaram loucos com o espaço, com os objetos antigos que estão lá”, conta.
O colecionador tem planos de abrir o museu para o público em geral, mas, primeiro, quer organizar o lugar, dando o aspecto de uma vila antiga.
Por enquanto, as peças estão acessíveis para poucas pessoas, entre elas estudantes de escolas da região, que agendam visitações educativas.
Os amigos também podem observar a coleção quando se juntam para confraternizações na propriedade. Nessas ocasiões, é possível sentar-se às mesas de madeira e servir-se da chopeira em meio a canecas de cerâmica, de 50 anos em média, penduradas no teto.
Colecioandor Edemilson Gomes, na chácara que transformou em museu rural, em Santa Rita d’Oeste (SP), com 4 mil itens
Arquivo pessoal
Bons tempos
O advogado explica que, de forma proposital, deixa as peças de categorias diferentes misturadas.
“Assim, a visita não cansa, não fica monótona. Cada vez que a pessoa olha, sempre enxerga algo diferente, que não tinha percebido antes”, explica.
Segundo ele, o item pelo qual tem mais afeto é o rádio que ganhou do pai e que foi adquirido no dia em que nasceu. “Tem valor sentimental”, diz.
Edemilson nega que seja acumulador e reforça tratar-se de uma coleção que retrata detalhes da história de nossos antepassados. Para alguns dos visitantes, os itens trazem lembranças de bons tempos.
“Para fazer parte do museu, o objeto precisa estar em boas condições. Verifico se ele funciona. Se não, eu dispenso mesmo”, afirma.
Veja fotos dos museu rural no interior de São Paulo:
Veja imagens do museu rural
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