Síria: Hezbollah envia soldados para lutar ao lado de tropas sírias em Homs


Ofensiva-relâmpago de grupo rebelde desde semana passada tomou cidades importantes na Síria, como Aleppo e Hama. Rebeldes sírios na pista do aeroporto internacional de Aleppo com bandeira da Síria no chão, em 2 de dezembro de 2024.
Omar Albam/ AP
O líder dos rebeldes islamistas sírios declarou ao canal CNN que o “objetivo” de sua ofensiva relâmpago na Síria é “derrubar” o governo do presidente Bashar al-Assad.
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“Quando falamos de objetivos, a finalidade da revolução continua sendo derrubar este regime. Temos o direito de utilizar todos os meios disponíveis para alcançar esta meta”, declarou Abu Mohamed al-Jolani em uma entrevista à publicada nesta sexta-feira (6).
A Síria atualmente é palco de combates entre grupos rebeldes e tropas do governo de Bashar al-Assad após uma ofensiva-relâmpago em Aleppo, segunda maior cidade síria, e outras regiões do país desde semana passada. Os rebeldes tomaram o controle de Aleppo e estão avançando para outras cidades. Na quinta, capturaram a estratégica cidade de Hama, quarta maior da Síria.
Segundo a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), os rebeldes sírios avançavam nesta sexta (6) em direção a Homs e estão a apenas cinco quilômetros da terceira maior cidade do país, depois que tomaram o controle da cidade estratégica de Hama, mais ao norte, na quinta-feira.
Nas últimas horas, os rebeldes liderados pelos islamistas radicais do grupo Hayat Tahrir al Sham (HTS) “entraram nas cidades de Rastan e Talbiseh”, situadas na província de Homs, diante da ausência total das forças do regime de Assad, segundo o OSDH.
Assad prometeu recorrer à força para eliminar “o terrorismo”, mas suas tropas estão sofrendo derrotas sucessivas em diversas cidades do país e sendo forçadas a recuar em direção à capital Damasco.
O comandante dos rebeldes afirmou nesta sexta que está coordenando com a Rússia, que apoia o governo sírio, e os Estados Unidos o desenvolvimento do conflito.
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População deslocada
Os combates entre rebeldes e as forças sírias provocaram o deslocamento de 280 mil sírios desde 27 de novembro, devido ao avanço dos grupos islamistas na Síria, informou a ONU nesta sexta-feira (6), com o alerta de que o número pode chegar a 1,5 milhão.
“O número que temos é de 280.000 pessoas desde 27 de novembro. Está atualizado até a noite de ontem. Não inclui o número de pessoas que fugiram para o Líbano durante a recente escalada” dos combates entre Hezbollah e Israel, declarou Samer AbdelJaber, diretor de coordenação de emergências do Programa Mundial de Alimentos, durante uma entrevista coletiva em Genebra.
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