20 cidades do ES receberão primeiras doses da vacina contra dengue; saiba quem poderá se vacinar


No Espírito Santo, foram definidos 20 municípios, tanto da Região Metropolitana quanto do interior do estado. Ao todo, 137.438 crianças e adolescentes, entre 10 e 14 anos, devem ser vacinados. Ministério vai começar vacinação em fevereiro
Reprodução EPTV
O Ministério da Saúde publicou nesta quinta-feira (25) a lista de cidades que vão receber as primeiras doses da vacina contra a dengue. No Espírito Santo, foram definidos 20 municípios, localizados tanto na Região Metropolitana quanto no interior do estado. Mais de 137 mil crianças e adolescentes serão os primeiros a se vacinar.
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A expectativa, segundo o Ministério da Saúde, é de que as doses cheguem ao estado até início de fevereiro, para que seja iniciada a imunização da população-alvo.
Os municípios contemplados são:
Vila Velha
Serra
Cariacica
Vitória
Guarapari
Afonso Claudio
Viana
Laranja da Terra
Fundão
Itaguaçu
Santa Leopoldina
Domingos Martins
Santa Teresa
Venda Nova do Imigrante
Santa Maria de Jetibá
Ibatiba
Brejetuba
Marechal Floriano
Conceição do Castelo
Itarana
O Brasil é o primeiro país no mundo a oferecer o imunizante na rede pública, mas enfrenta o desafio da baixa quantidade de doses. O Ministério da Saúde vai receber pouco mais de 6 milhões de doses — 5,2 milhões foram compradas do laboratório Takeda e 1,3 milhão foram doadas.
No entanto, o público vacinado contra a doença vai ser menor, já que são necessárias duas aplicações para a imunização completa em uma janela de três meses. O volume é por limitação na capacidade de produção.
Com isso, o governo teve de definir critérios de priorização:
O Ministério da Saúde definiu como prioridade a vacinação de pessoas de 10 a 14 anos por estarem entre o público com maior número de internações pela doença.
Foram incluídos os municípios de grande porte — que são aqueles com mais de 100 mil habitantes — e com classificação de alta transmissão de dengue do tipo 2.
Além disso, as cidades próximas a esses locais também foram incluídas no que o governo chama de “regiões de saúde”.
No Espírito Santo, segundo dados de estimativa do Censo IBGE 2022, existem 246.651 crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Nos 20 municípios já definidos para a receberem as primeiras doses, são 137.438 crianças e adolescentes nesta mesma faixa etária.
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Qdenga: o que é preciso saber sobre a vacina contra dengue disponibilizada no SUS
Quando a Qdenga começa a ser aplicada?
A vacinação com a Qdenga está prevista para começar em fevereiro, mas não será em larga escala. Segundo o Ministério da Saúde, o SUS oferecerá 6,2 milhões de doses ao longo de 2024.
Como o imunizante é aplicado em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações, cerca 3,1 milhões de pessoas poderão ser imunizadas no próximo ano.
Essas doses serão destinadas a “público e regiões prioritárias”, segundo a pasta, mas não deu outros detalhes.
O que é a Qdenga e como ela age?
A Qdenga (TAK-003) é um imunizante contra a dengue desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma. O registro do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano.
A vacina contém vírus vivos atenuados da dengue. Por isso, ela induz respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus da dengue.
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A Qdenga vai ser aplicada de graça?
Desde a aprovação pela Anvisa em março, clínicas particulares passaram a disponibilizar a vacina Qdenga para seus consumidores.
Agora, o imunizante do laboratório Takeda Pharma passa a integrar também o Programa Nacional de Imunizações (PNI), que reúne as vacinas aplicadas gratuitamente pelo SUS.
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A Qdenga tem efeitos colaterais?
Os estudos clínicos mostraram que pode haver reações, geralmente, dentro de dois dias após a injeção. As reações registradas foram de gravidade leve a moderada e duraram 1 a 3 dias.
🚨 Atenção: essas reações NÃO tornam o imunizante contraindicado se aplicado no público correto.
Foram relatadas com maior frequência:
dor no local da injeção (50%);
dor de cabeça (35%);
dor muscular (31%);
vermelhidão no local de injeção (27%);
mal-estar (24%);
fraqueza (20%); e
febre (11%).
As reações são menos frequentes após a segunda dose da Qdenga.
Quais as principais diferenças entre a Qdenga e a Dengvaxia?
Vacinas Qdenga (nova) e Dengavaxia que são as autorizadas pela Anvisa para aplicação no Brasil
Vanessa Camilo/Inter TV Cabugi
A Dengvaxia foi a primeira — e, até este ano, única — vacina contra a dengue aprovada pela Anvisa a ficar disponível no Brasil.
Ela é fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur e é vendida na rede privada na maior parte do Brasil. Esse imunizante não está disponível no Programa Nacional de Imunizações, o PNI.
Se comparadas, a Dengvaxia e a Qdenga possuem três principais diferenças:
Público-alvo: a Dengvaxia é recomendada somente para quem já foi infectado com o vírus da dengue. Já a Qdenga pode ser aplicada em quem nunca teve a doença.
Faixa etária: a Qdenga é recomendada para pessoas dos 4 aos 60 anos, enquanto a vacina francesa é indicada para pessoas dos 9 aos 45 anos.
Número de doses: a vacina francesa é aplicada em três doses, distribuídas em intervalos de seis meses, enquanto a japonesa é composta por duas doses, aplicadas com intervalos de três meses.
Já quanto ao modo de agir e aos possíveis efeitos após a aplicação, as vacinas são muito semelhantes.
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