‘Equipe e solidariedade’: Tite revela bastidores do Flamengo, pós título

‘Equipe e solidariedade’: Tite revela bastidores do Flamengo, pós títuloPhoto by Alexandre Schneider/Getty Images

Em duelo contra o Madureira, Tite venceu seu primeiro título pelo Flamengo, com um 3×0, que garantiu a primeira colocação na Taça Guanabra. Em coletiva de imprensa, após a conquista, o treinador revelou alguns bastidores e definiu a campanha em duas palavras: “Equipe e solidariedade”.

Antes de falar sobre o Flamengo, Tite aproveitou para esclarecer uma fala sua sobre Dani Alves, em que suas palvras poderiam ter sido interpretadas de forma equivocada. “O erro foi julgado pela justiça e foi condenado. A comparação que fiz com o caso foi inoportuna, sem sentido e indevida. A etapa profissional que nós tivemos juntos ela foi de muita correção e respeito. E eu reafirmo que eu acredito em uma educação com orientação, punição, como eu fui modelado pelo Sr. Adenor e pela Dona Ivone, meus pais”

Tite contou uma frase dita por Arrascaeta após a conquista, que para ele, reflete o espírito da equipe. “Eu vou pegar a fala do Arrascaeta antes da nossa oração. Com o troféu ali na frente ele falou (não necessariamente com essas palavras): ‘foi muito merecido essa conquista devido a todo nosso trabalho. Agora é ter essa alegria e que essa alegria seja energia para que a gente volte para o trabalho e para sermos melhor do que já estávamos.’ Arrascaeta fala pouco, mas quando ele fala é com muito conteúdo, essa é a mesma ideia que eu tenho.”

Questinado sobre seu estilo de jogo equilibrado e de solidez defensiva, Tite explicou qual seu objetivo como treinador no Flamengo. “A gente não só quer ser campeão. A gente quer ser campeão tendo um grande futebol, sendo melhor que o adversário. Aliás, sendo a equipe mais disciplinada do campeonato, talvez com a excessão de uma cartão vermelho do Thiaginho no jogo contra o Nova Iguaçu. Então para ganhar, não precisa apelar, precisa ser melhor.”

Tite definiu seu trabalho com a equipe do Flamengo em duas palavras e citou uma atitude de Matheus Cunha que reflete isso. “Equipe e solidariedade. Sabe por que ? Eu chamei o Matheus (Cunha), goleiro, para jogar e eu falei: ‘te prepara que eu vou te colocar no jogo. Eu ia fazer isso, porque o Matheus teve a grandeza de não viajar consoco (para os EUA), abrir mão para ficar aqui em dois jogos difíceis, sem ter uma equipe base, é a equipe sub-20 que jogou. E ele virou pra mim e falou:’Professor,quero participar.’ Deixar de estar perto do técnico para conhece-lo melhor, porque ano passado tinham três goleiros, esse são só dois.

Continuando a história, o goleiro abriu mão de entrar no jogo para ajudar Rossi a quebrar um recorde e para Tite isso representou o espírito coletivo do elenco. “Então eu tinha avisado pra ele que ia coloca-lo no jogo hoje e em determinado momento ele virou pra mim e falou: ‘Não precisa me colocar, o Rossi está muito perto de bater o recorde histórico do Flamenego (de minutos sem sofrer gol), não precisa me colocar”

Victor Hugo e Matheus Gonçalves foram os jovens que entraram no segundo tempo e Tite detalhou suas características de jogo. “O Victor (Hugo) pelo lado tem uma campacidade, uma força, impressionante. No lance pessoal e uma recomposição impressinante. O Matheus (Gonçalves) é um jogador de muita qualidade técncia, muito refino, móvel. Porém um é de lado para dentro e outro foi originário do centro, mas nos nossos jogos eles vem entrando em situações diferentes, o Victor pelo lado e o Matheus adaptando em treinamento, mas também sabendo que é do lado pra dentro.”

Outro bastidor revelado por Tite aconteceu com os dois jovens nesta partida contra o Madureira. “Eu coloquei assim (Victor Hugo na direita e Matheus Gonçalves no meio) e deu uns 10 minutos e eu olhei pro Cléber (auxiliar), e falei olha o que aconteceu, eles trocaram, porque o Matheus se sente mais confortável no lado e o Victor das duas formas”.

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