‘Nossa cultura precisa alcançar outros olhares’, diz dançarino do AP que vai se apresentar nos EUA

Amapaense que foi atrás dos sonhos em Blumenau (SC) integra grupo que vai representar o Brasil em Phoenix, no Arizona, em uma das maiores competições de dança do mundo. Mikley leva a representação do Amapá para os Estados Unidos
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Uma história inspiradora de persistência em busca dos sonhos partiu de um jovem nascido e criado em Macapá. Mikley Almeida, de 22 anos, um integrante do grupo de hip-hop internacional, selecionado para uma competição que acontece em Phoenix, no Arizona, nos Estados Unidos, considerado um dos maiores eventos de dança do mundo.
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O amapaense saiu do estado em busca do sonho de se tornar reconhecido no meio e iniciou a trajetória em 2022, quando se mudou para Blumenau (SC), após encontrar a companhia de dança ‘Station’, que abraçou o representante do norte.
“Quando eu saí de Macapá, pensei, eu vou correr atrás de uma escola de dança renomada porque Macapá não tinha, não tem ainda, na verdade, e eu fui atrás aqui em Blumenau, onde eu estou atualmente e comecei a procurar. Nessa semana eu encontrei a Station que estava tendo essa seletiva e eu passei”, disse.
Após isso, em 2023, iniciaram as seleções para integrar o elenco principal da companhia de dança no evento no Arizona, que foi mais uma etapa vencida pelo amapaense.
“Representar o Amapá vai ser uma honra, saber que existem pessoas como a Luísa Soares (diretora da Station Dance Complex) e o Matheus Vinotti (coreógrafo) apoiando e dando oportunidades para nós dançarinos do Norte, faz todo o esforço valer a pena. Nossa cultura precisa alcançar outros lugares e olhares”, completou.
Amapaense domina diversos gêneros da dança
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Sobre a competição
O grupo de dança de Santa Catarina vai representar o Brasil no ‘World Hip Hop Dance Championship 2025’ nas categorias adulto e megacrew, e vai reunir dançarinos de mais de 50 países. Todos os membros que compõem a equipe nas categorias passaram por uma seleção.
Sobre o artista
A veia artística sempre esteve presente no amapaense, que desde pequeno era apaixonado pela dança e decidiu perseguir o sonho profissionalmente.
“A minha família sempre dançou, meu avô dançava quadrilha, meus pais dançam, enfim, a família toda basicamente dança e comigo não seria diferente”, disse o dançarino.
Antes de partir para Blumenau, o amapaense percorreu vários locais de dança no estado, aprendendo diferentes estilos, se tornando um artista diversificado. No entanto, Mikley se viu limitado por conta da pouca visibilidade ao cenário.
“A gente sabe que a dança, principalmente o hip-hop, não é visto ali como um esporte para que o governo consiga implementar novos lugares de dança, novas escolas, enfim, olhar para esse público. Então, aqui eu tive bastante essa oportunidade de levar não só o Brasil, mas como meu estado, disse.
Em meio à busca pelo grande sonho de se tornar reconhecido na dança, o amapaense se aprofundou ainda mais na arte. Em meio a pandemia começou a escrever um livro, publicado em março deste ano, que servia como um lembrete para continuar no caminho da dança.
“Foi sem dúvida, o maior desafio até o momento. Ele surgiu em uma época onde nem mesmo eu sabia o que queria para minha vida. Na metade do primeiro ano da pandemia, comecei a escrever meus sentimentos, desejos, sonhos e algumas viagens que minha mente me fazia ter, o que deu bastante coisa para o início de um primeiro rascunho”, contou.
Em seu livro, que leva o título “Mesmo que eu me esconda de você, meus olhos te dirão a verdade”. Mikley conta que é necessário persistir por um sonho.
“O livro veio não para ser apenas um, em meio a tantos de poemas e poesias, mas sim para que vocês percebam que se há um sonho, por mais difícil que seja, corram atrás dele com todas as forças, pode demorar dias, semanas ou anos, mas se houver determinação e paixão, ele será realizado.
Livro que o artista escreveu enquanto lutava por seus sonhos
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