Foragido, “Carrefour” escondeu armas do PCC em galinheiro

São Paulo — Desde 2020, Robson Pereira Costa, o “Carrefour”, segue foragido da Justiça e em busca de provar inocência depois de ser preso, em 2018, por policiais militares ao ser flagrado guardando armas e munições do Primeiro Comando da Capital (PCC) em um galinheiro, na zona leste paulistana.

À época, policiais militares do 2º Batalhão de Choque foram informados, por meio de uma denúncia anônima, de que em uma casa, na região do bairro Cidade Tiradentes, era guardado um arsenal pertencente à maior facção criminosa do Brasil. Chegando no endereço indicado, os PMs avistaram Carrefour em frente ao imóvel.

Registros do Ministério Público de São Paulo (MPSP), obtidos pelo Metrópoles, afirmam que Carrefour, agora com 56 anos, autorizou a entrada dos policiais na casa dele. “[Ele] procurou demonstrar que nada de ilícito havia em sua residência”, diz trecho do documento.

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Armas de calibre restrito foram encontradas em fundo falso

Arsenal estava em galinheiro
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Munições de fuzil 762 são usadas em guerras

Reprodução/Polícia Civil

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Armas de calibre restrito foram encontradas em fundo falso

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Arsenal estava em galinheiro

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Carrefour, inclusive, ainda de acordo com a Promotoria, teria sugerido para que os policiais vistoriassem toda a casa. Porém, quando os PMs se aproximaram de um galinheiro, nos fundos da casa, o agora foragido “mudou de feição” e “precisou até mesmo se sentar”.

Desconfiados, os policiais revistaram o galinheiro e encontraram um fundo falso, no qual encontraram três pistolas de calibres de uso restrito, além de 60 munições de fuzil calibre 762, arma usada em guerras.

Quando mostraram as armas e munições para Carrefour, ele teria afirmado que pertenciam ao PCC e que a função dele era guardar o arsenal para que a facção o alugasse a criminosos, em especial os especializados em roubos a banco.

Recursos

Ele foi preso em flagrante e permaneceu atrás das grades em Centros de Detenção Provisória (CDP) de São Bernardo do Campo, no ABC, e em Franco da Rocha, na Grande São Paulo.

Em 22 de abril de 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) expediu um habeas corpus, autorizando o preso a aguardar o andamento do caso em liberdade. Dois meses depois, o tribunal solicitou o arquivamento definitivo do caso. A alegação do STJ seria a de que Carrefour era réu primário, pai de nove filhos e contava com endereço fixo.

O MPSP entrou com recursos e conseguiu a expedição de um mandado de prisão contra o réu, em junho de 2020. Desde então, uma batalha judicial ocorre, na qual a Promotoria referenda a culpa e, a defesa, alega que os PMs entraram no imóvel contra a vontade de Carrefour — que por meio do advogado nega envolvimento o arsenal de armas.

Até a ultima movimentação do processo, no último dia 14, Carrefour constava como procurado.

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