Procon interdita galpão com cerca de 15 mil litros de cachaça falsificada em Uberlândia


Depois de fiscalizações em comércios que vendiam o produto sem origem, Procon chegou até o local através de “dicas” dos comerciantes que foram autuados. O superintendente do Procon disse que os galões de bebidas tinham sujeira
Rodrigo Fernandes/TV Integração
Cerca de 15 mil litros de cachaça falsificada foram encontrados em um galpão no Bairro Martins, em Uberlândia, nesta terça-feira (15). Fiscais do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) estiveram no local e informaram que as bebidas não têm selo do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) ou do Ministério da Agricultural e do Abastecimento (Mapa).
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De acordo com o Procon, o estabelecimento, que fica na Rua Arthur Bernardes, envasava e distribuía o produto sem o mínimo de higiene necessária. O superintendente da autarquia, Egmar Ferraz, contou que tinha sujeira dentro dos galões das bebidas, o que poderia contaminá-las.
Ele também explicou que chegaram até o estabelecimento após diversas fiscalizações em comércios nos quais encontraram produtos intitulados como cachaça, mas sem nenhuma identificação legal.
Segundo o superintendente, a equipe conseguiu chegar até o galpão depois que os próprios comerciantes autuados deram “dicas” sobre o local no qual compravam o produto.
A empresa será interditada e o crime será investigado pela Polícia Civil. Egmar também informou que as bebidas serão lacradas e descartadas após as investigações.
“Não é competência do Procon tipificar crime. Do ponto de vista administrativo, nós estamos diante da venda de produto ilegal, venda de produto sem a observância da qualidade e da segurança da saúde do cidadão. Além da compra e venda do produto sem nota fiscal”, disse o superintendente.
Ainda não se sabe como esse produto era comercializado. De acordo com o Procon, cerca de cinco pessoas estavam trabalhando no local no momento da fiscalização. Esses trabalhadores eram diaristas e estavam no primeiro dia de trabalho, eles foram dispensados após um acerto de contas.
Além da interdição, o estabelecimento também deverá ser autuado e multado por conta do caso. Segundo o superintendente, as pessoas que também compraram o produto para venda são passíveis de punição.
“Quem compra um produto sem origem, assume para si o risco dessa comercialização. Essas pessoas também foram autuadas”.
Galpão interditado pelo Procon não tinha condições de higiene mínimas
Rodrigo Fernandes/TV Integração
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