O terreno de Marçal em que Boulos buscará crescer entre mais pobres

As pesquisas de intenção de voto têm mostrado uma disputa parelha entre Guilherme Boulos (PSol) e Ricardo Nunes (MDB) pelos votos do eleitor mais pobre de São Paulo, com renda de até dois salários-mínimos. No mais recente Datafolha, Nunes marcou 32% entre esse eleitorado e Boulos, 28%.

Aliados do psolista atribuem a briga dura por esse nicho, historicamente ligado ao PT, ao poder da máquina da Prefeitura e ao que entendem como desconhecimento dos fatos de que Boulos é o candidato de Lula e Nunes, o de Jair Bolsonaro.

Na visão de membros da campanha, as chances de vitória do deputado passam por vencer Ricardo Nunes entre os mais pobres, diagnóstico que vai de encontro a outro feito por aliados de Boulos, este mais óbvio e baseado nos resultados do primeiro turno da eleição: avançar sobre os eleitores de Pablo Marçal, candidato mais votado na zona leste de São Paulo, onde estão alguns dos bairros mais pobres da capital.

Marçal venceu em 14 das 20 zonas eleitorais da zona leste no primeiro turno e Boulos, em seis. Entre as zonas eleitorais da região nas quais o ex-coach foi o mais votado, Nunes ficou em segundo lugar em onze e o psolista, em três.

Mesmo com o apoio de Lula, que deve viajar duas vezes a São Paulo nessa reta final, esta não será uma tarefa fácil. Conforme o Datafolha divulgado em 10 de outubro, 84% dos eleitores de Marçal disseram que votariam em Nunes na fase decisiva da eleição.

 

Receba o conteúdo da coluna no seu WhatsApp e assine a newsletter de e-mail

Siga a coluna em Twitter, Instagram, Threads e Bluesky

Adicionar aos favoritos o Link permanente.