Nobel e IA

Além da medalha e do diploma, os cientistas premiados levam para casa uma quantia substancial em dinheiroDivulgação

A IA – Inteligência Artificial está na pauta do dia e já chegou ao Prêmio Nobel, o mais prestigioso prêmio na área das ciências e do conhecimento humano de um modo geral.

Em 2024, o Nobel de Química foi concedido a três cientistas que usam a inteligência artificial para decifrar a estrutura das proteínas. Um deles é David Baker, da Universidade de Washington (EUA) e os outros dois laureados são Demis Hassabis e John M. Jumper, do Google DeepMind, uma empresa britânica focada em soluções que usam a IA, comprada pelo Google em 2014.

A dupla de cientistas que atua no Reino Unido usou a inteligência artificial para desenvolver o bem-sucedido programa computacional AlphaFold 2 e os avanços científicos desses estudos tornaram possível prever a estrutura de mais de 200 milhões de proteínas conhecidas. Baker, por sua vez, foi capaz de desenvolver um modelo para criar proteínas inteiramente novas — em alguns casos, com funções totalmente novas também. No fim dos anos 1990, ele começou a desenvolver o software Rosetta, cuja publicação dos resultados ocorreu em 2003. Ele também liberou o código do programa para a comunidade científica.

A pesquisa em questão tem ainda um grande potencial de aplicação a diversas patologias, especialmente câncer, já que um dos pontos mais relevantes dos estudos em oncologia é justamente o mecanismo de nutrição das células cancerosas, o que envolve de modo direto as proteínas.

Além da medalha e do diploma, os cientistas premiados levam para casa uma quantia substancial em dinheiro, 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5,88 milhões). O prêmio de Química vem sendo entregue desde 1901, quando a premiação teve início, seguindo as diretrizes deixadas postumamente no testamento do químico e inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896).

Para ler mais textos meus e de outros pesquisadores, acesse www.institutoconviccao.com.br

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