Energia cara: Centro-Oeste é a região onde mais se busca por economia

Em 1º de outubro, última terça-feira, entrou em vigor a bandeira vermelha nível 2 nas contas de energia dos brasileiros, medida que irá valer até o final deste mês. Com a taxa anunciada, a conta ficará R$7,87 mais cara a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos em outubro. Em setembro, esteve em vigor a bandeira vermelha nível 1, que tem cobrança adicional menor do que a atual, de R$ 4,46 a cada 100 KWh.

Com o acréscimo das tarifas de energia, que ainda variam entre os estados brasileiros, houve um aumento em buscas na internet que miravam a economia de energia. De acordo com um levantamento feito pela Descarbonize Soluções, especialista em energia limpa, a população da Região Centro-Oeste é a que mais procura no Google por formas de reduzir os custos da conta de luz.

Para a pesquisa, foram levantados os volumes de busca no Google no último ano, entre agosto de 2023 e julho de 2024, para termos relacionados a economia de energia.

Regiões que mais buscaram por economia de energia:

  1. Centro-Oeste;
  2. Norte;
  3. Nordeste;
  4. Sul;
  5. Sudeste.

No ranking dos estados que mais buscaram por economia de energia, o Distrito Federal (DF) aparece na quarta colocação, enquanto Mato Grosso do Sul (MS), Mato Grosso (MT) e Goiás (GO) ocupam, respectivamente, 6ª, 11ª e 13ª posições. Apesar disso, na somatória do volume de buscas anuais, a região se destaca em primeiro lugar.

O valor da energia em outubro, na região, subiu 49,3% na média mensal, e chegou a R$ 559,38 MWh. No dia 26 de setembro, esse número superou o maior valor na década, marcado em 2021 durante a crise hídrica, e bateu  R$ 630 MWh.

Para Tatiane Fischer, CMO da Descarbonize Soluções, o ranking de busca de economia em energia revela a necessidade da população das regiões que pagam mais pela luz em encontrar formas de poupar energia e dinheiro com essas contas.

“Os números fazem ainda mais sentido quando se relaciona o ranking com as tarifas energéticas dos estados do Brasil. A Região Centro-Oeste realmente está entre as que possuem as taxas mais altas do país”, comenta Tatiane.

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Por que a conta subiu?

O aumento da conta de energia é uma resposta às condições climáticas atuais do país. Com os reservatórios das hidrelétricas abaixo de seus níveis padrões, em função da seca histórica, o país precisa recorrer ao uso de suas termelétricas, o que encarece a geração de energia e diminua a sua eficiencia.

O valor adicional na produção é repassado para a população através da conta de luz, o que resulta em um aumento significativo para o consumidor final.

Alternativa sustentável e econômica

A CEO explica que uma das alternativas mais baratas e sustentáveis é a energia solar. “Este é um período em que é normal acontecer alguns ajustes tarifários em função dos efeitos climáticos. Em breve, entraremos também no verão, e a conta de luz segue sendo uma vilã nas casas brasileiras em função da maior utilização de eletrodomésticos como ares condicionados e ventiladores. Com essas previsões, e com o cenário ambiental em estado crítico, a energia solar segue sendo a alternativa mais interessante”, explica Tatiane.

“O valor aplicado na instalação de um sistema fotovoltaico se paga no período de três a cinco anos. Outra grande vantagem é que um projeto tem vida útil de mais de 25 anos, exige pouca manutenção e seguirá trazendo economia para o consumidor durante todo o seu tempo de funcionamento”, finaliza a especialista.

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