Petrobras precisa investir em transformação ecológica, diz Haddad

Nova York – Após reunião com representantes da petrolífera britânica Shell, em Nova York, nos Estados Unidos (EUA), o ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, afirmou, nesta terça-feira (24/9), que as petrolíferas do mundo precisam investir na transformação ecológica.

Ao ser questionado por jornalistas se é possível conciliar a agenda ambiental e a exploração de petróleo no Brasil, o ministro respondeu: “Mais do que isso. Quem tem que investir na transformação ecológica são, sobretudo, as petrolíferas. A Petrobras, inclusive”.

“Participei da reunião [com a Shell] porque o meu interesse em relação às petrolíferas é, sobretudo, o investimento que elas estão fazendo, que pedi para aumentar, em transformação ecológica”, reforçou Haddad.

“A Shell tem uma parceria muito importante com o carro a hidrogênio, que é um projeto da USP [Universidade de São Paulo], tem empresas brasileiras envolvidas. A Shell é uma parceira, mas nós temos o interesse de acelerar esse investimento em tecnologia”, disse o ministro.

Ele negou ter conversado com os representantes da petrolífera britânica sobre a exploração da Foz do Amazonas. “Eu não tratei desse assunto com eles. Quando eu estava lá, não foi tratado desse assunto. Foi tratado a questão do investimento em energia renovável”, frisou o ministro.

A exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas é um tema espinhoso que divide o governo federal. De um lado o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendem a perfuração do local, enquanto a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) alertam para eventuais impactos ambientais na região.

Haddad em Nova York

Além do chefe da Fazenda, o presidente Lula e outros ministros estão em Nova York, nos Estados Unidos, para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

Durante a viagem oficial, Haddad terá reuniões bilaterais com autoridades e empresários para tentar captar investimentos estrangeiros, sobretudo em transformação ecológica.

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