Abusos aconteceram em 2007, quando a vítima tinha apenas sete anos. Justiça também determinou pagamento de R$ 70 mil por danos morais. Sirene de viatura da PM – 28/02/2021
G1
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) divulgou, na tarde desta segunda-feira (9), a condenação de um homem a 60 anos de prisão em regime fechado por crimes de violência sexual cometidos contra a própria sobrinha, em Resplendor. Ele também foi condenado ao pagamento de R$ 70 mil por danos morais à vítima.
Segundo o MP, os abusos aconteceram em 2007, quando a menina tinha apenas sete anos. Os atos ocorreram em quatro ocasiões diferentes e causaram à vítima consequências psicológicas severas, além de dificuldades motoras.
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A vítima só conseguiu relatar o que havia sofrido anos depois. Aos dez anos, ela se mudou de Resplendor para outro estado. Quando completou 16, decidiu contar o ocorrido a um dos irmãos. O medo de que outras crianças pudessem ser vítimas do mesmo agressor foi o que motivou o relato.
Ainda conforme o Ministério Público, a revelação tardia do crime se deve ao fato de que, na época, a menina era muito jovem para compreender a violência sofrida. Como também já não convivia com o autor dos crimes, levou tempo até que encontrasse forças para falar sobre o assunto.
A mãe da vítima contou em depoimento que só soube do caso em 2017, quando a filha já era adolescente. Ela também relatou que, ainda durante a infância da menina, percebeu mudanças drásticas em seu comportamento, especialmente no rendimento escolar.
A Justiça destacou que outras testemunhas, inclusive familiares, confirmaram alterações no comportamento da vítima e reconheceram as graves consequências emocionais que ela enfrenta até hoje.
Com base nas provas apresentadas, o Judiciário concluiu que o réu praticou os abusos descritos na denúncia do MPMG e o condenou pelos quatro episódios.
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