{"id":9568,"date":"2025-02-12T12:42:03","date_gmt":"2025-02-12T15:42:03","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/agencia1\/9568"},"modified":"2025-02-12T12:42:03","modified_gmt":"2025-02-12T15:42:03","slug":"ano-de-2024-foi-o-mais-letal-para-a-imprensa-com-124-mortos-a-maioria-em-gaza-cpj","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/agencia1\/9568","title":{"rendered":"Ano de 2024 foi o mais letal para a imprensa, com 124 mortos, a maioria em Gaza (CPJ)"},"content":{"rendered":"
\n
O corpo sem vida do jornalista palestino Ahmed Al-Shayah, coberto com um colete de imprensa, ap\u00f3s ser morto em um ataque isralense em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 16 de janeiro de 2025Bashar TALEB <\/span><\/figcaption><\/figure>\n

BASHAR TALEB <\/p>\n

Com 124 jornalistas mortos em 18 pa\u00edses – 70% deles em Gaza – 2024 entrar\u00e1 para a Hist\u00f3ria como o ano mais letal para a imprensa desde que come\u00e7aram os registros, segundo relat\u00f3rio do Comit\u00ea para a Prote\u00e7\u00e3o dos Jornalistas (CPJ), publicado nesta quarta-feira (12).<\/p>\n

Os n\u00fameros “refletem o aumento dos conflitos internacionais, a agita\u00e7\u00e3o pol\u00edtica e a criminalidade em todo o mundo”, informou com o CPJ, detalhando que estas cifras representam um aumento de 22% em rela\u00e7\u00e3o a 2023.<\/p>\n

Os autores do relat\u00f3rio revelaram que 85 profissionais de comunica\u00e7\u00e3o morreram “nas m\u00e3os do ex\u00e9rcito israelense”. Oitenta e dois deles eram palestinos e morreram na Faixa de Gaza, e os outros tr\u00eas, no L\u00edbano.<\/p>\n

“Atualmente, este \u00e9 o momento mais perigoso para ser jornalista na hist\u00f3ria do CPJ”, disse, em nota, a diretora-executiva da organiza\u00e7\u00e3o, Jodie Ginsberg.<\/p>\n

“A guerra em Gaza n\u00e3o tem procedentes em seu impacto para os jornalistas e demonstra uma importante deteriora\u00e7\u00e3o das normas mundiais sobre a prote\u00e7\u00e3o da imprensa em zonas de conflito, mas est\u00e1 longe de ser o \u00fanico lugar onde os jornalistas est\u00e3o em perigo”, acrescenta.<\/p>\n

Outros 16 pa\u00edses integram a lista mortal: Sud\u00e3o e Paquist\u00e3o tiveram seis jornalistas mortos cada um. No pa\u00eds asi\u00e1tico, estas foram as primeiras mortes registradas por esta organiza\u00e7\u00e3o desde 2021.<\/p>\n

No M\u00e9xico, que continua tendo a fama de ser um dos pa\u00edses mais perigosos para profissionais de imprensa, cinco rep\u00f3rteres foram assassinados, tr\u00eas a mais que em 2023. O CPJ encontrou falhas persistentes nos mecanismos que deveriam proteger os jornalistas neste pa\u00eds, lamentou a organiza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Tamb\u00e9m na Am\u00e9rica Latina, Col\u00f4mbia e Honduras registraram um jornalista assassinado cada, al\u00e9m do Haiti, onde dois profissionais de comunica\u00e7\u00e3o morreram nas m\u00e3os das gangues violentas que semeiam o caos no pa\u00eds caribenho e que reivindicam abertamente ataques a estes profissionais.<\/p>\n

Tamb\u00e9m integram a lista a S\u00edria (4), Mianmar (3), Iraque (3), \u00cdndia (1), Bangladesh (1), Nig\u00e9ria (1), Mo\u00e7ambique (1), Ucr\u00e2nia (1) e R\u00fassia (1). <\/p>\n

– “Ataques em todo o mundo” –<\/p>\n

“Nossas cifras mostram que os jornalistas sofrem ataques em todo o mundo”, explicou Ginsberg.<\/p>\n

O CPJ registra as mortes de jornalistas se tiver “motivos razo\u00e1veis” para acreditar que podem ter sido assassinados por seu trabalho: acidentalmente, em uma miss\u00e3o perigosa ou deliberadamente.<\/p>\n

O aumento dos homic\u00eddios no setor faz parte, segundo Ginsberg, “de uma tend\u00eancia mais ampla para amorda\u00e7ar os meios de comunica\u00e7\u00e3o em todo o mundo”.<\/p>\n

“Trata-se de um problema que deveria preocupar a todos n\u00f3s porque a censura nos impede de abordar a corrup\u00e7\u00e3o e a delinqu\u00eancia, e cobrar dos poderosos”, lembra.<\/p>\n

O CPJ, que come\u00e7ou a fazer este tipo de registros em 1992, destacou que pelo menos 24 jornalistas foram assassinados deliberadamente por fazerem seu trabalho.<\/p>\n

Em Gaza e no L\u00edbano, a organiza\u00e7\u00e3o de defesa da imprensa documentou dez casos de jornalistas assassinados pelo ex\u00e9rcito israelense, em um desafio \u00e0 legisla\u00e7\u00e3o internacional que os protege em conflitos.<\/p>\n

– “Desprotegidos” –<\/p>\n

Os mais desprotegidos s\u00e3o os colaboradores ou freelancers, que trabalham com menos recursos e um risco consider\u00e1vel para sua pr\u00f3pria seguran\u00e7a. Eles representaram mais de 35% (43) de todas as v\u00edtimas de assassinatos, segundo a organiza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

No total, 31 colaboradores que perderam a vida no ano passado eram palestinos que trabalhavam em Gaza, onde os meios de comunica\u00e7\u00e3o internacionais seguem tendo acesso proibido.<\/p>\n

Mas 2025 n\u00e3o se apresenta muito melhor: nas primeiras semanas do ano pelo menos seis profissionais de comunica\u00e7\u00e3o perderam a vida, segundo o CPJ.<\/p>\n<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O corpo sem vida do jornalista palestino Ahmed Al-Shayah, coberto com um colete de imprensa, ap\u00f3s ser morto em um ataque isralense em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 16 de janeiro de 2025Bashar TALEB BASHAR TALEB Com 124 jornalistas mortos em 18 pa\u00edses – 70% deles… Continue lendo → <\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-9568","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-sem-categoria"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9568","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=9568"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9568\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=9568"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=9568"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=9568"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}