Dois dos “Irm\u00e3osVeras” ficaram feridos na briga. Segundo a Secretaria de Justi\u00e7a do Esp\u00edrito Santo, um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) tamb\u00e9m ser\u00e1 aberto para responsabilizar os envolvidos. Irm\u00e3os Vera: \u00e0 esquerda, Gabriel Gomes, vulgo Buti. \u00c0 direita, Luam Gomes, conhecido como Kamu. Os dois s\u00e3o apontados como l\u00edderes de uma fac\u00e7\u00e3o criminosa no Esp\u00edrito Santo.
\nArquivo Rede Gazeta
\nUma briga envolvendo cerca de 20 detentos na Penitenci\u00e1ria de Seguran\u00e7a M\u00e1xima 2 (PSMA 2), em Viana, resultou em seis presos feridos na manh\u00e3 desta segunda-feira (10). Entre os feridos est\u00e3o Luan Gomes Faria, vulgo “Kamu”, e Gabriel Gomes Faria, o “Buti”, conhecidos como “Irm\u00e3os Vera” ambos apontados como lideran\u00e7as da fac\u00e7\u00e3o criminosa Terceiro Comando Puro (TCP).
\nSegundo apura\u00e7\u00e3o da colunista de A Gazeta, Vilmara Fernandes, Kamu sofreu m\u00faltiplos ferimentos na regi\u00e3o do pesco\u00e7o, encontra-se em estado grave, intubado e recebendo cuidados intensivos. Buti passou por cirurgia e permanece em observa\u00e7\u00e3o.
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\nA Secretaria de Estado da Justi\u00e7a (Sejus) informou que o conflito ocorreu por volta das 8h, dentro da galeria, durante o per\u00edodo de conv\u00edvio dos detentos. A situa\u00e7\u00e3o foi controlada pela Pol\u00edcia Penal, e a motiva\u00e7\u00e3o da briga est\u00e1 sendo investigada.
\nDos seis feridos, tr\u00eas foram encaminhados para a rede hospitalar estadual, enquanto os outros tr\u00eas receberam atendimento na Unidade de Sa\u00fade Prisional dentro do Complexo de Viana.
\n“De pronto, os policiais penais de plant\u00e3o agiram para encerrar o tumulto. Posteriormente os presos lesionados foram encaminhados para atendimento, a princ\u00edpio, na unidade de sa\u00fade prisional que fica dentro do complexo de Viana e, posteriormente, encaminhados ao hospital”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Esp\u00edrito Santo (Sindppenal-ES) Rhuan Fernandes.
\nSegundo a Sejus, a ocorr\u00eancia foi encaminhada \u00e0 autoridade policial.
\n“Um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) tamb\u00e9m ser\u00e1 aberto para investigar a motiva\u00e7\u00e3o da briga e responsabilizar os envolvidos”, informou a secretaria.
\nQuem s\u00e3o os feridos:
\nA Penitenci\u00e1ria de Seguran\u00e7a M\u00e1xima 2 \u00e9 destinada a internos considerados de alta periculosidade, incluindo lideran\u00e7as de grupos criminosos. Entre os feridos, est\u00e3o:
\nKassiano Peixoto Belmont – Foi socorrido com algo parecido com um vergalh\u00e3o fincado em suas costas, na altura do pesco\u00e7o. Passou pelo centro cir\u00fargico e estava em observa\u00e7\u00e3o. Ele foi preso em 2017, suspeito de envolvimento na morte de um policial militar. Em 2019, Kassiano chegou a fugir de uma penitenci\u00e1ria de seguran\u00e7a m\u00e1xima serrando as grades da cela.
\nThiago Ferreira Costa – Em estado grave e tinha sido encaminhado para a UTI.
\nJo\u00e3o Paulo Ferreira Dias – Deve receber alta hospitalar at\u00e9 o final do dia e retornar ao pres\u00eddio.
\nCarlos Eduardo da Silva Costa – Deve receber alta hospitalar at\u00e9 o final do dia e retornar ao pres\u00eddio.
\nGabriel Gomes Faria, o “Buti” – Passou pelo centro cir\u00fargico e estava em observa\u00e7\u00e3o. Ele \u00e9 um dos “Irm\u00e3os Vera” e apontado pela pol\u00edcia como uma das lideran\u00e7as do TCP.
\nLuan Gomes Ferreira, o “Kamu” – Outro “Irm\u00e3o Vera” e tamb\u00e9m apontado como lideran\u00e7a do TCP. Est\u00e1 com v\u00e1rios ferimentos na regi\u00e3o do pesco\u00e7o, est\u00e1 em estado grave e entubado. No momento encontra-se na sala vermelha.
\nSuspeitos s\u00e3o apontados como respons\u00e1veis por esquema de extors\u00e3o
\nLuan e Gabriel, que est\u00e3o entre os feridos na manh\u00e3 de segunda s\u00e3o apontados pela pol\u00edcia como respons\u00e1veis pelo esquema de extors\u00e3o de empres\u00e1rios investigado na opera\u00e7\u00e3o Conex\u00e3o Perdida. Ap\u00f3s a pris\u00e3o dos irm\u00e3os, Bruno Gomes de Faria, tamb\u00e9m suspeito na mesma investiga\u00e7\u00e3o, teria fugido para o complexo da Mar\u00e9, no Rio de Janeiro.
\nO esquema consiste em cobrar uma esp\u00e9cie de “ped\u00e1gio” para que empres\u00e1rios pudessem operar nos locais de atua\u00e7\u00e3o da fac\u00e7\u00e3o. Ele tamb\u00e9m cobrava por servi\u00e7os como \u00e1gua, internet e g\u00e1s nos bairros. Durante um ano, segundo a Pol\u00edcia Civil, at\u00e9 um banco paralelo foi criado para movimentar o dinheiro do crime e, em um ano, mais de R$ 43 milh\u00f5es foram movimentados.
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