{"id":776,"date":"2025-02-01T06:32:00","date_gmt":"2025-02-01T09:32:00","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/agencia1\/776"},"modified":"2025-02-01T06:32:00","modified_gmt":"2025-02-01T09:32:00","slug":"entenda-os-riscos-que-a-praga-asiatica-oferece-ao-meio-ambiente-e-humanos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/agencia1\/776","title":{"rendered":"Entenda os riscos que a praga asi\u00e1tica oferece ao meio ambiente e humanos"},"content":{"rendered":"

Especialistas alertam para o risco de dissemina\u00e7\u00e3o do percevejo-de-pintas-amarelas, caso n\u00e3o seja monitorado. Percevejo-de-pintas-amarelas em goiabeira em S\u00e3o Vicente (SP)
\nJuliana Rezende Santana
\n\ud83e\udeb2O percevejo-de-pintas-amarelas (Erthesina fullo), esp\u00e9cie origin\u00e1ria da China e considerada uma praga na \u00c1sia, repercutiu nacionalmente nos \u00faltimos dias devido \u00e0 preocupa\u00e7\u00e3o de especialistas com a recente apari\u00e7\u00e3o do inseto na Baixada Santista, no litoral de S\u00e3o Paulo. O g1 conversou com bi\u00f3logos para entender os principais riscos ambientais, econ\u00f4micos e aos seres humanos.
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\nAp\u00f3s 22 registros anteriores na Baixada Santista, a esp\u00e9cie foi avistada novamente na \u00faltima semana por uma moradora de S\u00e3o Vicente, que a encontrou em uma goiabeira (Psidium guajava) no quintal da casa dela. Os outros registros haviam ocorrido nas cidades de Santos e Guaruj\u00e1.
\nEmbora ainda n\u00e3o tenha causado danos significativos no Brasil, o percevejo \u00e9 visto com preocupa\u00e7\u00e3o por pesquisadores. Caso a esp\u00e9cie continue a se reproduzir e se espalhar, ela pode se tornar invasora, trazendo preju\u00edzos ambientais sociais e econ\u00f4micos, no pa\u00eds e Am\u00e9rica do Sul. Entenda os riscos:
\nPercevejo-de-pintas-amarelas (Erthesina fullo)
\nYan Lima
\n\u26a0 Amea\u00e7a: De acordo com F\u00e1bio Lopes, que \u00e9 bi\u00f3logo, parasitologista e especialista em controle de vetores, os invasores costumam n\u00e3o ter predadores no local invadido, podendo se proliferar livremente.
\n\ud83e\udd5dH\u00e1bito alimentar: O inseto \u00e9 pol\u00edfago, ou seja, se alimenta de diversos tipos de plantas, incluindo \u00e1rvores frut\u00edferas. Para o m\u00e9dico, doutor em epidemiologia, professor de sa\u00fade coletiva e consultor internacional da Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS), F\u00e1bio Mesquita, este \u00e9 o principal problema trazido pelos percevejos.
\n“Uma praga que pode atacar frutas, que s\u00e3o uma grande fonte de produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola no Brasil”, explicou o especialista.
\n\ud83c\udf31Competi\u00e7\u00e3o: De acordo com o bi\u00f3logo Yan, de 28 anos, respons\u00e1vel pelo primeiro registro do inseto no Brasil, h\u00e1 o risco dos percevejos asi\u00e1ticos disputarem recursos com os nativos, diminuindo a popula\u00e7\u00e3o dos insetos brasileiros.
\nPercevejo-de-pintas-amarelas (Erthesina fullo) ninfa — ou seja, n\u00e3o chegou na fase adulta
\nYan Lima
\n\ud83d\udea8Riscos para os humanos
\nO percevejo n\u00e3o representa riscos \u00e0 sa\u00fade humana at\u00e9 o momento. Os especialistas recomendam o monitoramento cont\u00ednuo e sugerem que qualquer pessoa que aviste o inseto tire fotos e publique no no aplicativo iNaturalist com a localiza\u00e7\u00e3o correta, a fim de aumentar a base de dados sobre a esp\u00e9cie.
\n“H\u00e1 risco, caso n\u00e3o haja um monitoramento adequado”, alertou Ricardo Brugnera, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
\nO bi\u00f3logo Yan destacou que o percevejo \u00e9 ex\u00f3tico e tem um alto potencial invasor, mas n\u00e3o \u00e9 o primeiro desta magnitude a entrar no Brasil. “N\u00e3o devemos criar um ambiente de p\u00e2nico. Por\u00e9m, \u00e9 necess\u00e1rio concentrar esfor\u00e7os para conter a dispers\u00e3o da esp\u00e9cie e minimizar problemas”.
\n\ud83e\udd14Como \u00e9 esse percevejo?
\nA principal hip\u00f3tese \u00e9 que o percevejo tido como praga na \u00c1sia tenha chegado ao Brasil pelo Porto de Santos
\nA Tribuna Jornal e Yan Lima
\nO Erthesina fullo \u00e9 um inseto pol\u00edfago, ou seja, se alimenta de diversos tipos de plantas. No continente asi\u00e1tico, ele \u00e9 respons\u00e1vel por danos em algumas culturas agr\u00edcolas. Por\u00e9m, no Brasil, ainda n\u00e3o h\u00e1 dados suficientes para afirmar se a esp\u00e9cie representa uma amea\u00e7a para as plantas cultivadas.
\nTamanho: Atinge de 1,2 a 1,5 cm de comprimento.
\nApar\u00eancia: Corpo verde ou amarelo com pintas amarelas.
\nReprodu\u00e7\u00e3o: A f\u00eamea deposita entre 50 a 200 ovos por vez.
\nCiclo de vida: O ciclo de vida completo dura de 4 a 6 semanas.
\nVida adulta: Vive entre 2 a 4 meses, dependendo das condi\u00e7\u00f5es.
\n\ud83d\udea2Como chegou ao Brasil?
\nA hip\u00f3tese mais prov\u00e1vel \u00e9 que o inseto tenha sido trazido por navios, possivelmente em cont\u00eaineres. Inclusive, o primeiro registro do percevejo na Baixada Santista aconteceu pr\u00f3ximo ao Porto de Santos.
\n“A conclus\u00e3o aconteceu devido ao percevejo nunca ter sido registrado na Am\u00e9rica Latina. Portanto, a chance dele ter chegado em Santos por meio terrestre \u00e9 vaga. Tanto os percevejos quanto outros animais, podem ser transportados em navios ou outras embarca\u00e7\u00f5es por estarem presentes dentro de cont\u00eaineres”, explicou Yan.
\nG1 em 1 minuto – Santos: Percevejo considerado praga na \u00c1sia \u00e9 encontrado no Brasil
\nV\u00cdDEOS: g1 em 1 minuto Santos<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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