{"id":57752,"date":"2025-04-12T14:33:14","date_gmt":"2025-04-12T17:33:14","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/agencia1\/57752"},"modified":"2025-04-12T14:33:14","modified_gmt":"2025-04-12T17:33:14","slug":"quadrilha-usava-idosos-venezuelanos-para-fraudar-bpc","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/agencia1\/57752","title":{"rendered":"Quadrilha usava idosos venezuelanos para fraudar BPC"},"content":{"rendered":"
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Recentemente, uma opera\u00e7\u00e3o da Pol\u00edcia Federal <\/strong>em Pacaraima<\/strong>, Roraima<\/strong>, revelou um esquema de fraude no Benef\u00edcio de Presta\u00e7\u00e3o Continuada (BPC) <\/strong>que envolvia a utiliza\u00e7\u00e3o de identidades de venezuelanos. A a\u00e7\u00e3o resultou na pris\u00e3o de 14 pessoas, incluindo servidores p\u00fablicos suspeitos de participa\u00e7\u00e3o no esquema. Este caso ilustra a complexidade e o impacto das fraudes no sistema de assist\u00eancia social do Brasil<\/strong>.<\/p>\n

O BPC \u00e9 um benef\u00edcio destinado a idosos e pessoas com defici\u00eancia em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade, e seu desvio representa um s\u00e9rio problema para os cofres p\u00fablicos. Em Pacaraima, uma cidade com cerca de 20 mil habitantes, os gastos mensais com o BPC aumentaram de R$ 328 mil para R$ 1,3 milh\u00e3o, com muitos benefici\u00e1rios sendo venezuelanos que nunca residiram no Brasil.<\/p>\n

Como a fraude no BPC foi descoberta?<\/h2>\n

A investiga\u00e7\u00e3o revelou que a quadrilha utilizava documentos falsos para registrar venezuelanos como residentes no Brasil, permitindo que eles recebessem o benef\u00edcio. A Pol\u00edcia Federal prendeu os suspeitos no momento em que sacavam o dinheiro em uma ag\u00eancia banc\u00e1ria. Al\u00e9m disso, foi constatado o envolvimento de servidores p\u00fablicos que facilitavam o desvio dos recursos.<\/p>\n

Durante os interrogat\u00f3rios, alguns dos venezuelanos confirmaram que recebiam o BPC e que repassavam parte do valor a intermedi\u00e1rios. Um dos envolvidos, Espiritu Combita<\/strong> Beto, de 72 anos, admitiu que nunca morou no Brasil, mas recebia o benef\u00edcio h\u00e1 um ano. Outro venezuelano relatou que pagava a um suposto advogado para obter o aux\u00edlio.<\/p>\n