{"id":48606,"date":"2025-04-02T16:13:09","date_gmt":"2025-04-02T19:13:09","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/agencia1\/48606"},"modified":"2025-04-02T16:13:09","modified_gmt":"2025-04-02T19:13:09","slug":"brasil-pode-ser-menos-impactado-por-guerra-comercial-entre-eua-e-china-diz-cio-da-msx","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/agencia1\/48606","title":{"rendered":"Brasil pode ser menos impactado por guerra comercial entre EUA e China, diz CIO da MSX"},"content":{"rendered":"
Saravalle foi categ\u00f3rico ao afirmar que, em qualquer guerra, seja militar ou comercial, os danos s\u00e3o generalizados. \u201c\u00c9 dif\u00edcil falar que o Brasil vai sair ganhando de uma guerra comercial. Toda guerra gera perdas, inclusive as econ\u00f4micas. Todos os pa\u00edses sofrem, e com a comercial n\u00e3o \u00e9 diferente<\/em><\/strong>\u201d, destacou.<\/p>\n O especialista relembrou que choques entre grandes pot\u00eancias afetam a economia global como um todo, e que, em caso de recess\u00e3o nos Estados Unidos ou desacelera\u00e7\u00e3o da economia mundial, o Brasil tamb\u00e9m ser\u00e1 atingido. \u201cSe houver uma recess\u00e3o americana, todo mundo sai perdendo. A demanda global naturalmente cai, e o Brasil sofre junto<\/em><\/strong>\u201d, disse.<\/p>\n Apesar dos riscos, Saravalle apontou que o Brasil tem uma vantagem relativa em sua capacidade de diversificar parceiros comerciais. \u201cO M\u00e9xico depende muito dos EUA. J\u00e1 o Brasil pode dizer: \u2018Estados Unidos, voc\u00ea n\u00e3o quer comprar minha carne, meu ve\u00edculo? Ok, eu vendo para a China ou para outro pa\u00eds asi\u00e1tico\u2019<\/em><\/strong>\u201d, explicou.<\/p>\n Segundo ele, essa flexibilidade permite ao Brasil se adaptar melhor \u00e0s mudan\u00e7as no cen\u00e1rio global. Relat\u00f3rios recentes do JP Morgan, segundo Saravalle, j\u00e1 indicavam que, entre os emergentes, Brasil e M\u00e9xico estavam no radar, mas o Brasil desponta como menos vulner\u00e1vel por conta dessa diversifica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Ainda que os impactos positivos para a economia brasileira sejam limitados, alguns setores e empresas podem capturar oportunidades isoladas. Entre os exemplos citados por Saravalle est\u00e3o empresas como JBS, que est\u00e1 em processo de dupla listagem, e Gerdau, com opera\u00e7\u00f5es relevantes nos Estados Unidos. Ambas podem tirar proveito das mudan\u00e7as comerciais, segundo ele.<\/p>\n \u201cO investidor pessoa f\u00edsica est\u00e1 acompanhando essa movimenta\u00e7\u00e3o. Algumas companhias brasileiras com atua\u00e7\u00e3o nos EUA podem at\u00e9 se beneficiar, mas isso \u00e9 muito pontual, n\u00e3o \u00e9 estrutural para o pa\u00eds como um todo<\/em><\/strong>\u201d, observou.<\/p>\n Apesar de um poss\u00edvel reposicionamento do Brasil no com\u00e9rcio internacional, Saravalle alerta que a balan\u00e7a comercial brasileira tende a ser afetada negativamente. \u201cA gente vai ter menos entrada de dinheiro, menos recursos para as nossas empresas. Isso afeta a atividade econ\u00f4mica, os investimentos, o crescimento do PIB<\/strong>\u201d, afirmou.<\/p>\n Para o CIO da MSX Invest, os ganhos para o Brasil s\u00e3o relativos e isolados. O pa\u00eds pode, de fato, sofrer menos que outros, como o Canad\u00e1 ou o pr\u00f3prio M\u00e9xico, mas n\u00e3o est\u00e1 imune. \u201cA palavra-chave n\u00e3o \u00e9 \u2018ganhar\u2019, mas sim ser um dos que menos sofrem nesse cen\u00e1rio. A tens\u00e3o comercial n\u00e3o deve terminar t\u00e3o cedo, e o mundo todo tende a ser prejudicado<\/strong>\u201d, concluiu.<\/p>\n Na vis\u00e3o de Saravalle, os investidores devem manter aten\u00e7\u00e3o redobrada aos desdobramentos da guerra comercial, principalmente aos dados de crescimento global, demanda por commodities e \u00e0 rea\u00e7\u00e3o dos bancos centrais. Ele tamb\u00e9m lembra que, em um ambiente de incertezas, a busca por oportunidades exige olhar atento para setores e empresas com atua\u00e7\u00e3o diversificada.<\/p>\n \u201cOs mais otimistas olham para uma poss\u00edvel queda nos juros americanos, o que poderia aliviar os mercados no m\u00e9dio e longo prazo. Mas, no curto prazo, o cen\u00e1rio ainda \u00e9 incerto<\/em><\/strong>\u201d, concluiu.<\/p>\nMais flex\u00edvel que o M\u00e9xico, Brasil pode redirecionar exporta\u00e7\u00f5es<\/h2>\n
Setores e empresas espec\u00edficas podem se beneficiar<\/h2>\n
Balan\u00e7a comercial brasileira pode sofrer, mesmo com ganhos relativos<\/h2>\n
\nCautela no curto prazo e aten\u00e7\u00e3o aos impactos globais<\/h2>\n
Assista completo:<\/h2>\n