Segundo Gaeco, esquema envolvia tamb\u00e9m perito de MS e empres\u00e1rio do ramo de ve\u00edculos em Foz do Igua\u00e7u. Gaeco cumpriu mandados de busca e apreens\u00e3o, um deles na delegacia onde investigado \u00e9 lotado. Opera\u00e7\u00e3o investiga libera\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos apreendidos em Foz
\nUm agente de pol\u00edcia judici\u00e1ria da Policial Civil de Foz do Igua\u00e7u, no oeste do Paran\u00e1, \u00e9 investigado por suspeita de participa\u00e7\u00e3o em esquema para liberar irregularmente ve\u00edculos apreendidos, de acordo com o Grupo de Atua\u00e7\u00e3o Especial de Combate ao Crime Organizado do Paran\u00e1 (Gaeco). Assista ao v\u00eddeo acima.
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\nEle, um perito da Unidade Regional de Per\u00edcia e Identifica\u00e7\u00e3o de Navira\u00ed, no Mato Grosso do Sul, vinculada \u00e0 Pol\u00edcia Cient\u00edfica do Estado do Mato Grosso do Sul (MS), e um empres\u00e1rio do ramo de localiza\u00e7\u00e3o e recupera\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos de Foz do Igua\u00e7u foram alvos de uma opera\u00e7\u00e3o do Gaeco.
\nSeis mandados de busca e apreens\u00e3o, foram cumpridos na ter\u00e7a-feira (1\u00b0), um deles da Delegacia de Pol\u00edcia Civil de Foz do Igua\u00e7u, onde o agente \u00e9 lotado. Os nomes dos alvos n\u00e3o foram divulgados pelo Gaeco.
\nComo funcionava suposto esquema
\nAs investiga\u00e7\u00f5es come\u00e7aram em junho de 2023. De acordo com o Gaeco, 147 laudos com suspeita de fraudes periciais, elaborados com participa\u00e7\u00e3o dos agentes p\u00fablicos do Paran\u00e1 e MS, foram analisados.
\nO esquema funcionava assim, segundo o Gaeco: O empres\u00e1rio de Foz atendia clientes, que sem seguro de ve\u00edculos, o acionavam para recupera\u00e7\u00e3o de ve\u00edculos furtados, roubados e, na maioria dos casos, apreendidos por irregularidades, como apreens\u00e3o por contrabando. Os ve\u00edculos estavam retidos em p\u00e1tios da pol\u00edcia.
\nAs informa\u00e7\u00f5es sobre os ve\u00edculos dos clientes dele eram repassadas via WhatsApp e e-mail, para o perito de MS, que realizava a per\u00edcia dos ve\u00edculos indicados no esquema. A per\u00edcia era realizada atrav\u00e9s de requisi\u00e7\u00e3o enviada a ele pelo agente de pol\u00edcia judici\u00e1ria de Foz.
\nTroca de mensagem entre perito e empres\u00e1rio de Foz
\nReprodu\u00e7\u00e3o RPC
\nA requisi\u00e7\u00e3o do agente de Foz do Igua\u00e7u era assinada “por ordem” no campo que, por lei, segundo o Gaeco, s\u00f3 pode ser assinado por um delegado. O agente tamb\u00e9m assinava os campos de testemunha e escriv\u00e3o.
\n\u201cAtropelava-se toda essa sistem\u00e1tica atrav\u00e9s da emiss\u00e3o de um laudo assinado n\u00e3o pelo delegado, mas constando o nome do delegado e uma assinatura com as inscri\u00e7\u00f5es PO (por ordem) acima do nome do delegado e requisitando-se a emiss\u00e3o dos laudos para um perito fora do estado”, explicou o delegado do Gaeco, Marcos Araguari.
\nDepois, o perito criminal de MS emitia laudos periciais como se estivesse presencialmente em Foz do Igua\u00e7u.
\nA contrata\u00e7\u00e3o do empres\u00e1rio, por parte de clientes, para auxiliar na libera\u00e7\u00e3o dos ve\u00edculos apreendidos girava em torno de R$ 30 mil a R$ 40 mil.
\nO Gaeco informou que identificou, atrav\u00e9s da quebra de sigilo banc\u00e1rio, transa\u00e7\u00f5es banc\u00e1rias entre o empres\u00e1rio e o perito de MS. Os valores n\u00e3o foram divulgados.
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\nO Gaeco apura poss\u00edveis crimes na assinatura do agente de Foz do Igua\u00e7u em documentos oficiais infringindo lei, a per\u00edcia feita por servidor n\u00e3o lotado no estado, bem como o favorecimento do empres\u00e1rio com informa\u00e7\u00f5es “privilegiadas” repassadas a ele, em tese, pelos agentes p\u00fablicos.
\nA opera\u00e7\u00e3o apreendeu aparelhos celulares, equipamentos eletr\u00f4nicos, documentos, valores em esp\u00e9cie e objetos para auxiliar na investiga\u00e7\u00e3o que prossegue.
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