Inc\u00eandio em 2018 destruiu 85% do acervo, que inclu\u00eda documentos, objetos, f\u00f3sseis, m\u00famias, mobili\u00e1rio, cole\u00e7\u00f5es de arte e estudos cient\u00edficos. Obras de recupera\u00e7\u00e3o come\u00e7aram em 2021, e a previs\u00e3o \u00e9 que o espa\u00e7o seja reaberto em 2026. BNDES vai doar mais R$ 50 milh\u00f5es para ajudar na reconstru\u00e7\u00e3o do Museu Nacional
\nCristina Boeckel\/g1 Rio
\nO Banco Nacional de Desenvolvimento Econ\u00f4mico e Social (BNDES) anunciou, no come\u00e7o da tarde desta quarta-feira (2), um novo investimento de R$ 50 milh\u00f5es na reconstru\u00e7\u00e3o do Museu Nacional. O local passa por obras de reconstru\u00e7\u00e3o do local, destru\u00eddo por um grande inc\u00eandio em 2018.
\n“O Museu Nacional tem um papel fundamental do reconhecimento do Brasil profundo e secular. Aqui estavam express\u00f5es importantes do que somos como brasileiros. \u00c9 importante recuperar e entregar o museu Nacional o mais r\u00e1pido poss\u00edvel”, afirmou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
\nDeste valor, pelo menos R$ 2,5 milh\u00f5es devem ser liberados imediatamente para os trabalhos.
\nAlexander Kellner, diretor do Museu Nacional, destacou a import\u00e2ncia da doa\u00e7\u00e3o do banco e da ajuda de uma rede de parceiros no processo de reconstru\u00e7\u00e3o da institui\u00e7\u00e3o.
\n“Estamos trabalhando para que, em 2026, consigamos cumprir a nossa promessa de reabrir o museu e os jardins para a popula\u00e7\u00e3o”, disse Kellner.
\nMercadante afirmou que o BNDES negocia com a Febraban a doa\u00e7\u00e3o de bancos privados para a institui\u00e7\u00e3o. Segundo ele, pelo menos mais R$ 18 milh\u00f5es em recursos devem ser doados.
\nDoa\u00e7\u00f5es anteriores
\nMuseu Nacional, na Quinta da Boa Vista
\nCristina Boeckel\/g1 Rio
\nEsta n\u00e3o \u00e9 a primeira doa\u00e7\u00e3o do BNDES, que j\u00e1 contribuiu outros R$ 50 milh\u00f5es ao longo dos anos 2019 e 2020.
\nO Museu Nacional foi fundado em 1818, com o nome de Museu Real, e pegou fogo no ano do bicenten\u00e1rio.
\nO Museu Nacional \u00e9 uma institui\u00e7\u00e3o aut\u00f4noma, integrante do F\u00f3rum de Ci\u00eancia e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vinculada ao Minist\u00e9rio da Educa\u00e7\u00e3o. Como museu universit\u00e1rio, vinculado \u00e0 Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem perfil acad\u00eamico e cient\u00edfico.
\nO evento contou tamb\u00e9m com a presen\u00e7a do reitor da UFRJ.
\n“A universidade \u00e9 um dos lugares mais importantes para o desenvolvimento social e econ\u00f4mico”, disse Roberto Medronho, reitor da UFRJ, que tamb\u00e9m se manifestou contra o corte de recursos da universidade.
\nEle destacou a necessidade de apoio para que a universidade mantenha institui\u00e7\u00f5es hist\u00f3ricas como o museu Nacional e mantenha a\u00e7\u00f5es afirmativas.
\nInc\u00eandio em 2018
\nO inc\u00eandio no Museu Nacional, que aconteceu na noite de 2 de setembro de 2018, destruiu o local, na Quinta da Boa Vista, em S\u00e3o Crist\u00f3v\u00e3o, na Zona Norte do Rio.
\nAs chamas destru\u00edram 85% do acervo, que tinha 20 milh\u00f5es de itens entre documentos, objetos, f\u00f3sseis, m\u00famias, mobili\u00e1rio, cole\u00e7\u00f5es de arte e estudos cient\u00edficos.
\nAs obras de reconstru\u00e7\u00e3o foram iniciadas em novembro de 2021, depois de 3 anos de retirada de escombros e conten\u00e7\u00e3o da estrutura, al\u00e9m de atrasos em decorr\u00eancia da pandemia.<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"