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Sai Aung MAIN <\/p>\n
Corpos ensanguentados se contorcendo de dor jazem no ch\u00e3o, devido \u00e0 falta de espa\u00e7o, do lado de fora do pronto-socorro de um hospital na capital birmanesa, Naypyidaw, ap\u00f3s o violento terremoto que abalou o pa\u00eds nesta sexta-feira (28). <\/p>\n
“\u00c9 um lugar reservado para as in\u00fameras v\u00edtimas”, disse um funcion\u00e1rio desta unidade, que tem cerca de mil leitos, pedindo aos jornalistas que se retirassem. <\/p>\n
Alguns feridos, cobertos de sangue e poeira, chegaram em carros, outros em caminhonetes ou macas. <\/p>\n
“H\u00e1 muitos feridos chegando”, disse um m\u00e9dico \u00e0 AFP, admitindo estar exausto. “Nunca vi nada assim. Estamos tentando administrar a situa\u00e7\u00e3o”. <\/p>\n
Um m\u00e9dico do centro disse que, at\u00e9 agora, “cerca de 20 pessoas morreram ap\u00f3s chegarem ao hospital”. <\/p>\n
Alguns dos afetados gritam e se contorcem de dor, outros ainda parecem atordoados, em estado de choque, com soro intravenoso nos bra\u00e7os. Seus familiares tentam confort\u00e1-los. <\/p>\n
Os que esperam para serem atendidos, sentados e com apar\u00eancia completamente abatida, colocam a cabe\u00e7a entre as m\u00e3os.<\/p>\n
Dentro do hospital, as pessoas correm em todas as dire\u00e7\u00f5es. Alguns choram, outros tremem enquanto tentam desesperadamente entrar em contato com seus parentes para ter certeza de que est\u00e3o vivos.<\/p>\n
– “Centenas de feridos” –<\/p>\n
“Centenas de feridos est\u00e3o chegando (…) Mas o pr\u00e9dio do pronto-socorro tamb\u00e9m desabou”, explicaram os seguran\u00e7as. <\/p>\n
Do lado de fora, um engarrafamento bloqueia a estrada que leva a um dos maiores hospitais de Naypyidaw. Enquanto uma ambul\u00e2ncia passa entre os ve\u00edculos, um socorrista grita, implorando para que lhe deixem passar para chegar ao hospital mais r\u00e1pido.<\/p>\n
A capital de Mianmar est\u00e1 localizada cerca de 250 quil\u00f4metros ao sul do epicentro do terremoto pouco profundo e de magnitude 7,7, que ocorreu 16 quil\u00f4metros a noroeste da cidade de Sagaing, pouco depois do meio-dia. <\/p>\n
Um tremor secund\u00e1rio de magnitude 6,4 ocorreu alguns minutos depois do terremoto, anunciou o Servi\u00e7o Geol\u00f3gico dos EUA (USGS). <\/p>\n
V\u00e1rios jornalistas da AFP estavam no Museu Nacional em Naypyidaw quando o terremoto ocorreu. Alguns peda\u00e7os do telhado ca\u00edram e as paredes racharam. <\/p>\n
Fortes tremores tamb\u00e9m foram sentidos na China e na Tail\u00e2ndia, dois pa\u00edses vizinhos de Mianmar.<\/p>\n
Na capital tailandesa, Bangcoc, a 1.000 km do epicentro, cenas de p\u00e2nico eclodiram. Escrit\u00f3rios e empresas foram evacuados e alguns servi\u00e7os de metr\u00f4 foram suspensos.<\/p>\n
Um pr\u00e9dio em constru\u00e7\u00e3o com mais de 30 andares desabou com dezenas de trabalhadores dentro. Os servi\u00e7os de resgate indicaram que j\u00e1 come\u00e7aram a procurar os funcion\u00e1rios presos no local. <\/p>\n
“Quando cheguei para inspecionar o local, ouvi pessoas pedindo ajuda”, disse Worapat Sukthai, subdiretor de pol\u00edcia do distrito de Bang Sue, \u00e0 AFP. <\/p>\n
“Estimamos que haja centenas de feridos, mas ainda estamos no processo de apura\u00e7\u00e3o do n\u00famero de v\u00edtimas”, explicou. O oficial disse que temia que “muitas vidas tenham sido perdidas. Nunca vivenciamos um terremoto com um impacto t\u00e3o devastador”.<\/p>\n<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Equipe m\u00e9dica de um hospital na capital de Mianmar, Naypyidaw, trata v\u00edtimas que chegam ap\u00f3s o terremoto de 28 de mar\u00e7o de 2025Sai Aung Main Sai Aung MAIN Corpos ensanguentados se contorcendo de dor jazem no ch\u00e3o, devido \u00e0 falta de espa\u00e7o, do lado de fora do pronto-socorro de um… Continue lendo