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O caso dos pais se negam a vacinar um beb\u00ea voltou a ganhar destaque em Santa Catarina nesta semana. Em um v\u00eddeo, o pai do menino diz que policiais militares e um oficial de Justi\u00e7a queriam \u201clevar o nen\u00e9m a for\u00e7a\u201d para vacina\u00e7\u00e3o mediante um mandado judicial a pedido do MPSC (Minist\u00e9rio P\u00fablico de Santa Catarina).<\/p>\n

$\"Beb\u00ea$ <\/p>\n

Pais se negam a vacinar beb\u00ea e MPSC pede que calend\u00e1rio vacinal seja atualizado \u2013 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/ND<\/p>\n<\/div>\n

O impasse veio \u00e0 tona novamente ap\u00f3s a divulga\u00e7\u00e3o do v\u00eddeo pela deputada federal catarinense J\u00falia Zanatta (PL), que defende a n\u00e3o obrigatoriedade da vacina\u00e7\u00e3o infantil.<\/p>\n

Na primeira ocasi\u00e3o, em agosto de 2024, o beb\u00ea tinha entre quatro e cinco meses, e os pais alegavam temer que a vacina\u00e7\u00e3o pudesse causar problemas de sa\u00fade \u00e0 crian\u00e7a. O MPSC entrou no caso e diz que procura garantir a atualiza\u00e7\u00e3o da caderneta de vacina\u00e7\u00e3o da crian\u00e7a, conforme o calend\u00e1rio oficial do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade.<\/p>\n

Com base nas imagens, a parlamentar critica a execu\u00e7\u00e3o de um mandado judicial que determinava a vacina\u00e7\u00e3o da crian\u00e7a na quinta-feira (20), na casa da fam\u00edlia, em Cunha Por\u00e3, no Oeste de Santa Catarina.<\/p>\n

No v\u00eddeo compartilhado pela deputada, o pai alega que o oficial de Justi\u00e7a esteve na casa para retirar a crian\u00e7a \u00e0 for\u00e7a para a imuniza\u00e7\u00e3o. \u201cDe forma coercitiva, queriam levar o beb\u00ea, da casa dele, para vacinar\u201d, pontua Zanatta.<\/p>\n

O portal ND Mais<\/strong> entrou em contato com a Pol\u00edcia Militar, que tamb\u00e9m aparece no v\u00eddeo. A PM informou que apenas cumpre o mandado e participa como apoio \u00e0s entidades que o expediram.<\/p>\n

Crian\u00e7a n\u00e3o foi levada<\/h2>\n
Em nota, o TJSC (Tribunal de Justi\u00e7a de Santa Catarina) destacou que a a\u00e7\u00e3o judicial foi movida pelo MPSC e procura garantir a atualiza\u00e7\u00e3o da caderneta de vacina\u00e7\u00e3o da crian\u00e7a, conforme o calend\u00e1rio oficial do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade.<\/p>\n
O TJSC ainda esclareceu que a crian\u00e7a n\u00e3o foi levada para a vacina\u00e7\u00e3o. Isso porque, antes da execu\u00e7\u00e3o do mandado de busca e apreens\u00e3o, o tribunal revogou a decis\u00e3o de primeiro grau que determinada a busca da crian\u00e7a at\u00e9 o julgamento do recurso apresentado pela defesa da fam\u00edlia. Segundo o TJSC, ainda n\u00e3o h\u00e1 prazo definido para a an\u00e1lise do caso.<\/p>\n
MPSC diz que beb\u00ea n\u00e3o completou doses vacinais<\/h2>\n
O MPSC refor\u00e7ou que a vacina\u00e7\u00e3o \u00e9 um direito da crian\u00e7a e um dever do Estado, da fam\u00edlia e da sociedade. \u201cEspecialmente quando se trata de uma vacina obrigat\u00f3ria para um beb\u00ea\u201d, ressaltou o \u00f3rg\u00e3o.<\/p>\n
De acordo com o MPSC, a crian\u00e7a recebeu apenas as vacinas administradas ao nascer. \u201cAs vacinas previstas para a faixa et\u00e1ria da crian\u00e7a foram negadas pelos pais\u201d, esclarece o \u00f3rg\u00e3o.<\/p>\n
Essas vacinas, conforme o MPSC, incluem a primeira e a segunda doses de pentavalente, poliomielite, pneumoc\u00f3cica e rotav\u00edrus, al\u00e9m da primeira dose de meningoc\u00f3cica.<\/p>\n
Pais n\u00e3o querem vacinar beb\u00ea por alegarem alergia<\/h2>\n
Uma das alega\u00e7\u00f5es para n\u00e3o vacinar beb\u00ea, \u00e9 de que a crian\u00e7a seria al\u00e9rgica a componentes das vacinas, o que foi refutada pelo MPSC. A hip\u00f3tese foi descartada ap\u00f3s per\u00edcia m\u00e9dica.<\/p>\n
\u201cO m\u00e9dico da Para\u00edba, que atestou a alergia da crian\u00e7a sem realizar qualquer exame f\u00edsico \u2013 laudo este anexado pelos pais ao processo \u2013 est\u00e1 sendo investigado por fraude processual e falsidade ideol\u00f3gica\u201d, destacou o MPSC.<\/p>\n
A reportagem do ND Mais<\/strong> entrou em contato com a Prefeitura de Cunha Por\u00e3, mas n\u00e3o obteve retorno at\u00e9 a publica\u00e7\u00e3o da mat\u00e9ria. O espa\u00e7o segue aberto para manifesta\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Procurada pelo ND Mais<\/strong>, a fam\u00edlia do beb\u00ea optou por n\u00e3o se manifestar neste momento. O espa\u00e7o permanece aberto para futuras declara\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Deputada catarinense critica mandado para vacinar beb\u00ea<\/h2>\n
No v\u00eddeo, Zanatta expressa indigna\u00e7\u00e3o com a situa\u00e7\u00e3o e afirma que, se o caso realmente tivesse ocorrido, seria um fato in\u00e9dito no Brasil.<\/p>\n
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\u201cN\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel que estejamos vivendo um absurdo como esse\u201d, declara.<\/p>\n<\/blockquote>\n
A parlamentar tamb\u00e9m criticou as multas impostas \u00e0 fam\u00edlia e a execu\u00e7\u00e3o da medida, alegando que ainda caberia recurso.<\/p>\n
\u201cConseguimos reverter a decis\u00e3o junto ao Tribunal de Justi\u00e7a por ora, mas nosso combate \u00e9 di\u00e1rio\u201d, conclui.<\/p>\n

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