{"id":17161,"date":"2025-02-21T12:22:02","date_gmt":"2025-02-21T15:22:02","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/agencia1\/17161"},"modified":"2025-02-21T12:22:02","modified_gmt":"2025-02-21T15:22:02","slug":"zelensky-sob-pressao-para-concordar-com-fim-da-guerra-na-ucrania-proposto-por-trump","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/agencia1\/17161","title":{"rendered":"Zelensky sob press\u00e3o para concordar com fim da guerra na Ucr\u00e2nia proposto por Trump"},"content":{"rendered":"
Sergei SUPINSKY <\/p>\n
O presidente da Ucr\u00e2nia, Volodimir Zelensky, duramente criticado por Donald Trump, est\u00e1 sob press\u00e3o nesta sexta-feira (21) para cooperar com os Estados Unidos, sobretudo na quest\u00e3o da explora\u00e7\u00e3o de recurso minerais estrat\u00e9gicos para Washington.<\/p>\n
No in\u00edcio de fevereiro, o presidente americano anunciou que queria negociar um acordo com a Ucr\u00e2nia para obter acesso a 50% de seus minerais estrat\u00e9gicos em troca da ajuda j\u00e1 fornecida a Kiev. <\/p>\n
Zelensky rejeitou a primeira proposta dos EUA, argumentando que ela n\u00e3o oferecia garantias de seguran\u00e7a a seu pa\u00eds, que enfrenta a invas\u00e3o russa h\u00e1 tr\u00eas anos. <\/p>\n
No entanto, o l\u00edder ucraniano abriu a porta para os “investimentos” americanos em troca de tais garantias. <\/p>\n
Desde ent\u00e3o, as tens\u00f5es entre Kiev e Washington aumentaram. Donald Trump chamou Zelensky de “ditador” ao iniciar uma aproxima\u00e7\u00e3o repentina com o Kremlin, uma reviravolta muito perigosa para a Ucr\u00e2nia, dada a import\u00e2ncia dos Estados Unidos como fornecedor de ajuda militar e financeira. <\/p>\n
No entanto, um alto funcion\u00e1rio ucraniano disse \u00e0 AFP nesta sexta-feira que a Ucr\u00e2nia e os EUA “continuam” negociando um acordo sobre os recursos minerais estrat\u00e9gicos ucranianos. <\/p>\n
“Esta conversa continua. H\u00e1 uma troca constante de documentos preliminares, enviamos outro ontem” e “estamos esperando uma resposta” dos EUA, disse o funcion\u00e1rio, que pediu anonimato. <\/p>\n
– Alvos russos e americano –<\/p>\n
Na quinta-feira, o assessor de seguran\u00e7a nacional dos EUA, Mike Waltz, intensificou os apelos ao chefe de Estado ucraniano.<\/p>\n
“O presidente Trump est\u00e1 obviamente muito frustrado neste momento com o mandat\u00e1rio Zelensky” por “ele n\u00e3o ter vindo \u00e0 mesa de negocia\u00e7\u00f5es, de n\u00e3o estar disposto a aproveitar a oportunidade que lhe oferecemos”, declarou.<\/p>\n
Trump e Zelensky protagonizaram uma troca de insultos depois que autoridades de alto escal\u00e3o dos EUA e da R\u00fassia discutiram, na Ar\u00e1bia Saudita, sobre um poss\u00edvel acordo para encerrar a guerra.<\/p>\n
Na quinta-feira, o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, justificou a reuni\u00e3o bilateral, afirmando que o objetivo era verificar se Moscou falava “s\u00e9rio”. <\/p>\n
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reiterou nesta sexta-feira que o presidente Vladimir Putin est\u00e1 “aberto” a negocia\u00e7\u00f5es de paz. <\/p>\n
“Temos nossos objetivos relacionados \u00e0 nossa seguran\u00e7a nacional e aos nossos interesses nacionais, e estamos prontos para alcan\u00e7\u00e1-los por meio de negocia\u00e7\u00f5es de paz”, afirmou Peskov. <\/p>\n
A R\u00fassia exige que a Ucr\u00e2nia ceda quatro regi\u00f5es ucranianas que Moscou alega ter anexado, al\u00e9m da pen\u00ednsula da Crimeia, e renuncie \u00e0 ades\u00e3o \u00e0 Otan, o que Kiev rejeita categoricamente. <\/p>\n
Por sua vez, a China – que n\u00e3o condenou a invas\u00e3o russa \u00e0 Ucr\u00e2nia – considerou na sexta-feira que “uma janela para a paz” est\u00e1 se abrindo, de acordo com declara\u00e7\u00f5es de seu ministro das Rela\u00e7\u00f5es Exteriores, Wang Yi.<\/p>\n
– Avan\u00e7os russos no front –<\/p>\n
Apesar das tens\u00f5es, Zelensky recebeu o enviado americano Keith Kellogg em Kiev na quinta-feira, com quem disse ter tido uma “reuni\u00e3o produtiva” sobre “a situa\u00e7\u00e3o no campo de batalha” e a implementa\u00e7\u00e3o de “garantias de seguran\u00e7a efetivas”. <\/p>\n
Poucos dias antes do terceiro anivers\u00e1rio do in\u00edcio da invas\u00e3o, em 24 de fevereiro de 2022, a situa\u00e7\u00e3o continua dif\u00edcil para as tropas ucranianas, em menor n\u00famero e menos equipadas. <\/p>\n
Na sexta-feira, o ex\u00e9rcito russo reivindicou a tomada de duas localidades na regi\u00e3o leste de Donetsk, perto da fronteira com a regi\u00e3o de Dnipropetrovsk. <\/p>\n
Neste contexto de guerra e diplomacia, a Uni\u00e3o Europeia e v\u00e1rios l\u00edderes europeus est\u00e3o tentando se mobilizar para apoiar Kiev. <\/p>\n
O presidente franc\u00eas, Emmanuel Macron, viajar\u00e1 para Washington na segunda-feira, onde se reunir\u00e1 com Trump. O l\u00edder franc\u00eas disse nas redes sociais na quinta-feira que dir\u00e1 ao seu contraparte americano que ele “n\u00e3o pode ser fraco” diante de Putin. <\/p>\n
O primeiro-ministro brit\u00e2nico, Keir Starmer, visitar\u00e1 Washington na quinta-feira.<\/p>\n<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
O presidente ucraniano Volodimir Zelensky (\u00e0 direita) e o enviado dos Estados Unidos, Keith Kellogg, em Kiev, em 20 de fevereiro de 2025Sergei Supinsky Sergei SUPINSKY O presidente da Ucr\u00e2nia, Volodimir Zelensky, duramente criticado por Donald Trump, est\u00e1 sob press\u00e3o nesta sexta-feira (21) para cooperar com os Estados Unidos, sobretudo… Continue lendo