{"id":17087,"date":"2025-02-21T11:07:00","date_gmt":"2025-02-21T14:07:00","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/agencia1\/17087"},"modified":"2025-02-21T11:07:00","modified_gmt":"2025-02-21T14:07:00","slug":"exemplar-de-especie-rara-da-mata-atlantica-volta-ao-brasil","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/agencia1\/17087","title":{"rendered":"Exemplar de esp\u00e9cie rara da Mata Atl\u00e2ntica volta ao Brasil"},"content":{"rendered":"
\n
\n
Uma recente a\u00e7\u00e3o integrada do Ibama com o Museu de Zoologia da Universidade de SP e o Museu de Hist\u00f3ria Natural de Berlim permitiu que retornasse ao Brasil um exemplar cient\u00edfico raro do tiet\u00ea-de-coroa (Calyptura cristata).
\n<\/figcaption><\/figure>\n
\n
O exemplar da ave de pequeno porte, end\u00eamica da Mata Atl\u00e2ntica, foi encontrado h\u00e1 mais de 200 anos. O tiet\u00ea-coroa foi considerado extinto por mais de um s\u00e9culo – de 1860 at\u00e9 1996. No fim da d\u00e9cada de 90, um ornit\u00f3logo avistou duas dessas aves no Parque Nacional da Serra dos \u00d3rg\u00e3os (foto), em Teres\u00f3polis, no Rio de Janeiro.
\n<\/figcaption><\/figure>\n
\n
O exemplar que estava na Alemanha foi cedido para a cole\u00e7\u00e3o do Museu de Zoologia da USP para estudos, permitindo que os pesquisadores aprimorem os conhecimentos sobre a rara esp\u00e9cie da fauna brasileira. N\u00e3o existem fotos de tiet\u00ea-coroa, apenas ilustra\u00e7\u00f5es que representam o animal.
\n<\/figcaption><\/figure>\n
\n
No dia 23\/11\/2024, a Pol\u00edcia Militar Rodovi\u00e1ria apreendeu 122 aves silvestres em caminh\u00e3o em Foz do Amamba\u00ed, no km 116 da rodovia MS-487, em Navira\u00ed (MS).<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Entre as aves, estavam 15 filhotes de jandaias – animal que corre risco de extin\u00e7\u00e3o. Os outros 107 eram papagaios. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
O Batalh\u00e3o da PM Ambiental informou que o motorista confessou ter recebido as aves em um posto de combust\u00edvel em Ivinhema (MS) para transport\u00e1-las at\u00e9 Ponta Grossa (PR), onde seriam vendidas.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
O motorista foi detido e multado pela PM Ambiental em R$ 361.510,40 por transporte ilegal de animais silvestres e maus-tratos.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Os animais foram levados para a Fazenda Green Farm em Itaquira\u00ed, institui\u00e7\u00e3o parceira do Centro de Reabilita\u00e7\u00e3o de Animais Silvestres (Cras) – do governo do estado – para tratamento veterin\u00e1rio.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Em agosto, bi\u00f3logos festejaram quando uma jandaia, esp\u00e9cie que \u00e9 um dos s\u00edmbolos do Cear\u00e1, voltou a aparecer em Fortaleza, capital do estado. A ave tamb\u00e9m existe no Par\u00e1, Maranh\u00e3o, Roraima ,Piau\u00ed, Pernambuco e Goi\u00e1s. Ela corre risco de extin\u00e7\u00e3o em certas regi\u00f5es. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Essa ave da fam\u00edlia dos Psittacidae tamb\u00e9m \u00e9 chamada de Perequit\u00e3o Nordestino. Ela nede 30 cm de comprimento e pesa cerca de 130 g. Bela, tem a cabe\u00e7a e partes inferiores de laranja, manto verde e peito avermelhado. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
O Brasil tem animais que est\u00e3o em risco – seja em regi\u00f5es ou no pa\u00eds inteiro. A choquinha-de-Alagoas, uma ave que s\u00f3 existe na Mata Atl\u00e2ntica, pode desaparecer. Estudo publicado na Bird Conservation International mostra que atualmente existem apenas quatro indiv\u00edduos dessa esp\u00e9cie registrados no pa\u00eds.<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Desde 2016, uma equipe da SAVE Brasil monitora a esp\u00e9cie na Esta\u00e7\u00e3o Ecol\u00f3gica de Murici, em Alagoas, onde vivem as choquinhas remanescentes. A \u00e1rea de preserva\u00e7\u00e3o, criada em 2001, \u00e9 um ref\u00fagio de Mata Atl\u00e2ntica. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Os pesquisadores da SAVE Brasil lembram que outras esp\u00e9cies de aves que ocorriam apenas na regi\u00e3o j\u00e1 foram extintas: limpa-folha-do-nordeste (foto), gritador-do-nordeste e cabur\u00e9-de-pernambuco. Ambientalistas conseguiram salvar o mutum-de-alagoas em cativeiro (est\u00e1 extinto na natureza). <\/figcaption><\/figure>\n
\n
E o risco de extin\u00e7\u00e3o n\u00e3o atinge apenas as aves, mas animais de outras esp\u00e9cies tamb\u00e9m est\u00e3o sumindo por causa da explora\u00e7\u00e3o ilegal. Veja alguns!<\/figcaption><\/figure>\n
\n
Ararinha Azul – Esp\u00e9cie end\u00eamica do norte da Bahia, sofreu com a ca\u00e7a e com o corte indiscriminado de \u00e1rvores da caatinga e chegou a ser considerada extinta em 2020. Mas em junho de 2022 oito aves dessa esp\u00e9cie foram trazidas da Alemanha para reintrodu\u00e7\u00e3o no Brasil. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Ararajuba – Ave verde e amarela que s\u00f3 existe na Amaz\u00f4nia e entrou na lista das amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o em 2016. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Ariranha – Mam\u00edfero do Pantanal, tamb\u00e9m \u00e9 conhecido como lontra gigante e \u00e9 ca\u00e7ado para obten\u00e7\u00e3o da pele aveludada. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Lobo-Guar\u00e1 – Vive em savanas do centro-oeste do Brasil. Tem sofrido com a destrui\u00e7\u00e3o do cerrado para amplia\u00e7\u00e3o da agricultura. \u00c9 v\u00edtima de ca\u00e7a, atropelamento e doen\u00e7as transmitidas por c\u00e3es dom\u00e9sticos. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Pica-Pau Amarelo – Ave que s\u00f3 existe no litoral brasileiro, desde Alagoas at\u00e9 o Rio de Janeiro. Amea\u00e7ada pela destrui\u00e7\u00e3o de seu habitat natural, com desmatamentos e queimadas. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Pica-Pau Cara de Canela – Ave que j\u00e1 foi comum no Paran\u00e1 e em S\u00e3o Paulo, sofreu uma redu\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o devido \u00e0 ca\u00e7a, ao tr\u00e1fico de animais e \u00e0 destrui\u00e7\u00e3o da Mata Atl\u00e2ntica. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
On\u00e7a Pintada – Maior felino das Am\u00e9ricas, essa esp\u00e9cie de on\u00e7a \u00e9 ca\u00e7ada por fazendeiros e sua pele tem grande valor no mercado mundial. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Sapo-Folha – Esp\u00e9cie da Serra do Timb\u00f3, na Bahia, tem apenas 4 cm e vem sendo afetada pelo desmatamento para cultivo de cacau e banana e tamb\u00e9m para cria\u00e7\u00e3o de \u00e1reas de pastagem. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Muriqui-do-Norte – \u00c9 o maior primata das Am\u00e9ricas, chegando a pesar 15 kg. S\u00f3 \u00e9 encontrado na Mata Atl\u00e2ntica e sofre com o desmatamento e a ca\u00e7a. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Macaco-Prego Dourado – Natural da Mata Atl\u00e2ntica, habita unidades de conserva\u00e7\u00e3o na Para\u00edba e no Rio Grande do Norte. E tem sido tratado por especialistas num grande esfor\u00e7o pela preserva\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Mico-Le\u00e3o Dourado – H\u00e1 d\u00e9cadas sofre amea\u00e7a de extin\u00e7\u00e3o e os poucos que ainda existem vivem em florestas do Rio de Janeiro. Projetos de conserva\u00e7\u00e3o t\u00eam conseguido impedir o fim da esp\u00e9cie, com muito esfor\u00e7o. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Tatu-Bola – Animal da Caatinga, sua popula\u00e7\u00e3o foi reduzida em 45% em 20 anos. A ca\u00e7a e a degrada\u00e7\u00e3o ao ambiente em que eles vivem s\u00e3o as causas do risco de extin\u00e7\u00e3o do animal, que vem sendo protegido por organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o governamentais. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Jacar\u00e9 do Papo Amarelo – Sua popula\u00e7\u00e3o tem se reduzido muito nos \u00faltimos anos devido \u00e0s queimadas e \u00e0 polui\u00e7\u00e3o das \u00e1guas no Pantanal. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Boto Cor-de-Rosa – O maior golfinho de \u00e1gua doce vive na Amaz\u00f4nia e faz parte, inclusive, da cultura popular: o folclore de que se transforma em homem que atrai as mulheres. Tem sido v\u00edtima de pesca predat\u00f3ria. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Curimat\u00e3 – \u00c9 um dos peixes mais comuns para refei\u00e7\u00e3o no Brasil. Mas a pesca de rede faz com que esse animal de \u00e1gua doce corra risco de extin\u00e7\u00e3o. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Pacu – Outro peixe comum no prato dos brasileiros, \u00e9 v\u00edtima de pesca em \u00e9pocas inapropriadas, quando deveria ser protegido pelo defeso para garantia da reprodu\u00e7\u00e3o. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Tartaruga Cabe\u00e7uda – Vive na costa brasileira, principalmente no Esp\u00edrito Santo, Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro. Bota os ovos no litoral e, muitas vezes, os ovos s\u00e3o destru\u00eddos nas praias, impedindo a reprodu\u00e7\u00e3o. <\/figcaption><\/figure>\n
\n
Gato do Mato Pequeno – \u00c9 menor do que os gatos dom\u00e9sticos: raramente passa de 50 cm de comprimento e pesa em m\u00e9dia 2 kg. Natural do Norte e do Nordeste do Brasil, foi perdendo espa\u00e7o com a ocupa\u00e7\u00e3o de seu habitat por constru\u00e7\u00f5es irregulares. <\/figcaption><\/figure>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Uma recente a\u00e7\u00e3o integrada do Ibama com o Museu de Zoologia da Universidade de SP e o Museu de Hist\u00f3ria Natural de Berlim permitiu que retornasse ao Brasil um exemplar cient\u00edfico raro do tiet\u00ea-de-coroa (Calyptura cristata). O exemplar da ave de pequeno porte, end\u00eamica da Mata Atl\u00e2ntica, foi encontrado h\u00e1… Continue lendo → <\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-17087","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-sem-categoria"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/17087","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=17087"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/17087\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=17087"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=17087"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia1.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=17087"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}