Jovem que teve câncer de intestino lista os 6 sinais que ele ignorou

O produtor de TV americano Joe Faratzis descobriu aos 29 anos que tinha câncer de intestino quando o tumor já estava em estágio avançado. Muito ligado aos esportes e a um estilo de vida saudável, o jovem ignorou por meses os sintomas da doença e tem usado suas redes sociais para divulgar os sinais que ele não deveria ter deixado de lado.

Faratzis foi diagnosticado em 2019 com tumor em estágio quatro, o mais avançado do câncer colorretal, com algumas metástases no pulmão e fígado. O produtor já vinha sentindo dores leves na parte baixa da barriga por meses e um médico pediu que ele fizesse uma tomografia computadorizada, mas ele achou que seria um gasto desnecessário.

“Eu achava que era invencível e que não poderia haver nada de errado comigo”, lembra em depoimento à revista Self.

Mesmo seis meses depois, quando ele começou a notar que havia sangue em suas fezes, Faratzis ignorou os sinais achando que tinha hemorróidas. Porém, os sintomas foram se tornando cada vez mais frequentes, até que ele não podia mais ignorá-los.

O momento que o convenceu de que havia estava errado foi quando ele soltou um pum e o sangue começou a escorrer por sua perna. “Quando fui ao banheiro, vi que tinha muito sangue acumulado. Não senti dor, mas era evidente que eu estava passando por um problema sério”, afirma.

Sinais claros

Para conscientizar a população a não ignorar os sintomas como ele mesmo fez, Faratzis passou a usar sua experiência em mídia para divulgar os sinais do câncer de intestino. Um vídeo em que ele resume os sintomas ignorados viralizou no TikTok. São eles:

  • Suor constante, especialmente à noite;
  • Dores na parte baixa direita da barriga;
  • Mudanças no trânsito intestinal, ir mais ao banheiro;
  • Uma leve cólica abdominal ao se inclinar;
  • Constipação e cólicas;
  • Sangue nas fezes.

Após a colonoscopia, o produtor de TV foi imediatamente encaminhado para a quimioterapia e passou por sessões orais e intravenosas. Além disso, precisou de uma cirurgia que retirou parte de seu intestino e viveu por meses com uma ileostomia improvisada.

Desde 2020, o produtor passa por uma série de procedimentos médicos para retirada dos tumores, especialmente dos pulmões e do fígado. Ao todo, foram mais de 10 cirurgias.

Em um dos procedimentos, um médico disse que a chance de Faratzis sobreviver por mais de cinco anos era de menos de 14%. “Me agarrei nesses 14% e tenho feito de tudo para vivê-los da forma mais radiante”, diz.

Apenas em 2023, ele alcançou um estado de completa remissão (quando não há tumores no corpo), mas segue ainda fazendo tratamento de quimioterapia oral preventiva.

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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019

O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino
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Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus

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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019

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O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado

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Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras

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Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)

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Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino

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Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal

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O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)

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O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas

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A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor

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A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino

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Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana

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O câncer de intestino

Há alguns anos, o câncer de intestino era um tumor muito associado a pessoas idosas, mas o número de pessoas com menos de 45 anos que descobrem a doença tem crescido a cada ano no mundo. No Brasil, o exemplo da cantora Preta Gil é um dos mais emblemáticos.

Os principais fatores de risco das neoplasias colorretais são obesidade, consumo de alimentos processados e um estilo de vida sedentário. A idade superior a 50 anos também é importante. O oncologista Ramon Andrade de Mello, de São Paulo, alerta que o fundamental para prevenir casos graves da doença é realizar com frequência os exames preventivos antes do aparecimento dos sintomas.

“Um dos principais métodos para o rastreamento das neoplasias colorretais é o exame chamado de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Ele deve ser feito anualmente e, dependendo do resultado, o médico poderá indicar uma investigação mais aprofundada, com exames como retossigmoidoscopia ou mesmo a colonoscopia total”, explica.

O tratamento precoce aumenta as chances de uma cura completa, sem recidivas, afirma o oncologista Paulo Varella, do Hospital do Coração (Hcor), de São Paulo. “Quanto antes o câncer é diagnosticado, maiores são as chances de um tratamento mais eficaz. Isso se vê também na possibilidade de reincidência. Um estudo dinamarquês deste ano demonstrou que somente 2,9% das pessoas estudadas, que foram mais de 8 mil, apresentaram o reaparecimento do câncer colorretal novamente ao serem diagnosticadas a tempo”, indica.

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