Com passagem pelo Everton, ex-técnico de seleção é condenado a 20 anos de prisão por corrupção

A campanha da China de repressão à corrupção no futebol chegou ao nome do simbólico Lie Tie nesta sexta-feira (13). Ex-jogador da Premier League, pelo Everton, e técnico da seleção nacional, o profissional acabou condenado a 20 anos de prisão por suborno.

Um dos nomes mais populares do futebol nacional, Li Tie tornou-se réu em investigação do Partido Comunista sobre sua conduta à frente da seleção. Ele comandou a equipe entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021, mas também esteve envolvido em acusações referentes ao período em clubes – entre 2015 e 2019.

De acordo com a emissora estatal CCTV, Tie, de 47 anos, está sendo investigado pelo Partido Comunista desde novembro de 2022. O ex-Everton apresentou, a um tribunal na província de Hubei em março deste ano, uma declaração de culpa às acusações de suborno e corrupção.

Suborno e Corrupção

O tribunal de Xianning, na província de Hubei, alegou que Li recebeu 16,5 milhões de dólares (cerca de R$ 100 milhões) em subornos entre 2015 e 2021. As investigações avaliam o período em que Tie atuava como assistente técnico no Hebei China Fortune ao que deixou o cargo de técnico da China.

Li ‘fazia ponte’ para certos indivíduos à seleção nacional em troca de subornos. Ele ainda ajudava nas vitórias dos clubes e atuava na contratação de jogadores. A condenação de Tie se tornou a mais recente de uma série de casos de repressão à corrupção no alto escalão do futebol local.

Outras condenações

As entidades chinesas têm lutado seriamente contra manipulação e corrupção no futebol desde a década passada. Fãs e autoridades entendem que o baixo desempenho da seleção está relacionado à série de crimes nos bastidores.

Em março, por exemplo, Chen Xuyuan, ex-presidente da Associação Chinesa de Futebol (CFA), recebeu a condenação de prisão perpétua por suborno.

O ex-VP da Associação Chinesa de Futebol, Du Zhaocai também tornou-se réu por suborno nesta sexta-feira (13). Ele, que também ocupou cargo de vice-chefe da Administração Geral do Esporte, pegou uma sentença de 14 anos de prisão e R$ 3,3 milhões em multas por valores que somam R$ 350 milhões frutos de corrupção.

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