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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde que assumiu o cargo, enfrenta o desafio de reduzir a fila de espera do INSS, que continua a ser um problema significativo. Em novembro de 2024, o número de requerimentos pendentes era de 1.985.090, próximo ao recorde de 2.032.099 registrado em janeiro de 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro.
Embora tenha havido uma redução de 12,4% no primeiro semestre de 2024, a fila voltou a crescer a partir de julho, coincidindo com uma greve dos funcionários do órgão.
Desde o início do governo de Lula, houve um aumento de 82,5% nos requerimentos pendentes. O presidente atribuiu a situação a um “desmonte” realizado pelo governo anterior. Durante a campanha, Lula criticou a gestão de Bolsonaro e prometeu acabar com a fila do INSS, compromisso reafirmado em seu discurso de posse no Congresso em janeiro de 2023.
Quais medidas estão sendo tomadas para reduzir a fila?
Em resposta à situação crítica, o governo anunciou uma “ação extraordinária” em fevereiro de 2025, destacando 500 funcionários para trabalhar exclusivamente na análise de requerimentos por 90 dias.
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, destacou que o desafio não é apenas reduzir a fila, mas também lidar com o fluxo contínuo de novos pedidos. Ele afirmou que, embora a fila nunca seja completamente eliminada, o objetivo é reduzir o prazo médio de concessão para 45 dias até dezembro de 2024.
O tempo de espera médio para análise dos requerimentos caiu de 69 dias no início do governo para 43 dias em novembro de 2024. No entanto, o aumento no número de pedidos impediu uma redução proporcional na fila. Rondônia apresenta a pior situação, com uma espera média de 88 dias, enquanto o Distrito Federal tem a menor espera, de 28 dias.
Impacto da greve dos funcionários do INSS
A greve dos funcionários do INSS, que ocorreu de julho a novembro de 2024, foi um fator significativo no aumento da fila de espera. Os trabalhadores reivindicavam melhores condições de trabalho e aumento salarial. O movimento paralisou parcialmente as atividades do órgão até que um acordo foi alcançado com o Ministério da Gestão e Inovação.
Apesar das dificuldades, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, está otimista. Ele declarou que o tempo médio para concessão de benefícios deve cair para 30 dias até o final do primeiro semestre de 2025, alinhando-se ao prazo legal de 45 dias.
Expectativas para o futuro
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O governo de Lula continua a enfrentar críticas pela lentidão na resolução do problema, mas mantém o compromisso de melhorar o serviço de concessão de benefícios do INSS.
Carlos Lupi expressou esperança de que 2025 traga melhorias significativas. Enquanto isso, o Ministério da Previdência afirma que as informações estatísticas são públicas e podem ser acessadas no Portal da Transparência Previdenciária.
Com a implementação das medidas anunciadas e a expectativa de redução do tempo de espera, o governo busca restaurar a confiança da população no sistema previdenciário. A continuidade das ações e o monitoramento constante serão essenciais para alcançar os objetivos traçados e atender às necessidades dos cidadãos brasileiros.
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