Filha de francês que drogava esposa e gravava estupro deixa audiência

A filha de Dominique Pélicot, julgado por drogar a esposa para que estranhos a estuprassem, precisou ser escoltada para fora do tribunal por seus dois irmãos e seu advogado, na terça-feira (3/9), após o juiz afirmar que fotos nuas dela também haviam sido encontradas no computador do réu. Caroline Darian voltou para o julgamento cerca de 20 minutos depois.

O julgamento de Dominique Pélicot, de 71 anos, começou na segunda-feira (2/9), na França. O homem é acusado de ter drogado a mulher durante quase 10 anos para que outros homens pudessem estuprá-la na casa da família. Estima-se que cerca de 72 homens tenham participado de 92 estupros, porém apenas 50 deles foram identificados. O julgamento é previsto para terminar em dezembro. As informações são do The Guardian.

O marido participava dos estupros e os filmava, encorajando seus cúmplices. Ele não pedia nenhuma compensação financeira, sua única motivação parecia ser a de satisfazer suas fantasias sexuais.

O caso também afetou os filhos da vítima, principalmente a filha, Caroline, agora envolvida numa luta contra a submissão química, por meio de uma associação chamada “Não me adormeça” (Ne m’endors pas).

Em 2022, Darian escreveu o livro “Et J’ai Cesse de T’appeler Papa” (E parei de te chamar de pai) sobre o efeito da descoberta dos supostos crimes na família.

Assim como as esposas de seus dois irmãos, Caroline também foi fotografada nua pelo pai, sem seu conhecimento.

Investigações

A vítima e ex-mulher de Dominique Pélicot, Gisèle Pélicot, descobriu os crimes apenas aos 68 anos, depois de quase cinquenta anos de convivência, quando a investigação começou.

Em 2020, o marido foi flagrado em um shopping center tentando colocar um celular sob as saias de três mulheres para filmar. Ao revistar o computador do suspeito, os investigadores descobriram milhares de fotos e vídeos da esposa, visivelmente inconsciente, muitas vezes em posição fetal, estuprada por dezenas de estranhos, na casa da família.

A polícia também encontrou conversas em que ele convidava os homens para terem relações com sua esposa inconsciente.

O marido diz que começou a drogar a esposa e chamar outros homens para estuprá-la em 2011, quando os dois, juntos desde 1971, ainda viviam na região de Paris. De acordo com as apurações policias, no período de um ano, Dominique encomendou cerca de 450 comprimidos sedativos.

Os homens eram recrutados pelo site Coco.fr, que deixou de existir. Os criminosos têm profissões como bombeiro, artesão, enfermeiro, ex-policial, eletricista, empresário e jornalista, com idades entre 21 e 68 anos na data da descoberta dos fatos.

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