Arrastão de Carlinhos Brown encerra carnaval de Salvador com celebração a Ilê Aiyê, Olodum e cultura afro


Antes, Bell Marques, Léo Santana e Danniel Vieira desfilaram no circuito Barra-Ondina, arrastando multidões. Carlinhos Brown arrasta foliões na Quarta-feira de cinzas, em Salvador
O tradicional Arrastão da Quarta-feira de Cinzas teve como protagonista os blocos e a cultura afrobrasileira no encerramento do carnaval de Salvador. Isso porque Carlinhos Brown levou para o seu desfile no circuito Dodô (Barra-Ondina) o Ilê Aiyê, que neste ano completa 50 anos de fundação, o Olodum e os Zárabes, movimento percussionista que homenageia a cultura muçulmana.
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O desfile especial começou antes mesmo do cacique chegar ao Farol da Barra, com a banda dele em cima do trio tocando sucessos como “Que bloco é Esse?”, “Ginga de Balé” e até o pagode “Pé na Areia”.
Brown chegou por volta de 11h30, com os Zárabes, e fez seu costumeiro ritual para abertura de caminhos, reverenciando os orixás e orando um Pai Nosso.
Carlinhos Brown no arrastão do carnaval de Salvador em 2024
Joilson César/ Ag. Picnews
Do chão, ele seguiu como um maestro à frente dos três grupos de percussão — Ilê, Olodum e Zárabes —, homenageando os blocos afros, suas histórias de luta e resistência.
“Ondas do mar me levou e eu resisti”, disse Brown ao iniciar um breve discurso.
“Eu resisti porque escravo nunca fui. Eu resisti porque gente e filho de Deus eu sou. Eu resisti pelo amor dos meus filhos. Eu resisti porque sou ancestralidade. Eu resisti porque sou Ilê Aiyê. Eu resisti porque era necessário fazer o grito afro”.
Carlinhos Brown no arrastão do carnaval de Salvador, em 2024
Joilson César/ Ag. Picnews
O repertório foi mais um elemento da homenagem, com honras também à Timbalada, mais uma criação de Carlinhos Brown. Sucessos como “Mimar você” e “História de amor” embalaram o público.
Mariene de Castro também foi convidada de Carlinhos Brown no arrastão da Quarta-feira de Cinzas, em Salvador
Caíque Souza/ iBahia
Em diversos momentos da apresentação, o cacique contou ainda com os vocais de Mariene de Castro, sambista baiana que reverencia a cultura afrobrasileira em seus trabalhos.
Ritmos da Bahia
Antes de Brown, Bell Marques, Léo Santana e Danniel Vieira também desfilaram no Arrastão, representando os ritmos predominantes na música baiana – axé music, pagode e arrocha.
O desfile começou às 10h, com o trio do ex-vocalista do Chiclete com Banana. Bell arrastou uma multidão de foliões resistentes sob o sol de 29 graus.
Bell Marques posa para fotografos em sua chegada no circuito Dodô, para o Arrastão, em Salvador
Joilson César /Ag. Picnews
No repertório, sucessos de sua antiga banda, da fase solo e clássicos de outros artistas do axé music.
Logo na sequência, foi a vez de Léo Santana se apresentar para o público no circuito Barra-Ondina. O cantor iniciou o desfile com “Mamoeiro”, música que pede proteção aos orixás.
Na sequência, enfileirou hits como “Zona de Perigo” e “Perna bamba”, música que concorreu ao troféu Bahia Folia deste ano.
Danniel Vieira repetiu sua homenagem aos profissionais de limpeza no desfile que destacou a força do arrocha. Ele recebeu a banda Kart Love, entre outros candidatos.
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