Espírito Santo lança primeiro mestrado em cafeicultura do Brasil

O Espírito Santo acaba de conquistar um marco inédito na formação de profissionais do agronegócio. O Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) – Campus Itapina, em Colatina, lançou o primeiro curso de mestrado profissional do Brasil em cafeicultura. Gratuito e presencial, o curso terá duração de 24 meses, com início das aulas previsto para agosto de 2025.

As inscrições para o processo seletivo começaram no dia 12 de maio e seguem até 26 de maio de 2025, exclusivamente pela internet. São oferecidas 12 vagas.

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Mestrado profissional em cafeicultura

O Mestrado Profissional em Cafeicultura é voltado a profissionais já inseridos no mercado de trabalho, especialmente aqueles que atuam diretamente com a cadeia produtiva do café — como em cooperativas, sindicatos e empresas do setor agrícola. A proposta do programa é justamente aproximar a academia das necessidades reais do setor, desenvolvendo soluções técnicas e tecnológicas para os desafios enfrentados no dia a dia do campo.

“O foco do nosso mestrado são os profissionais que já atuam com café. É um curso voltado para quem está dentro da porteira, lidando com os problemas e buscando inovação. Eles trazem suas demandas e, ao longo de dois anos, trabalhamos juntos para propor soluções”, explica Raphael Moreira, coordenador do programa de pós-graduação.

As aulas serão realizadas no Campus Itapina do Ifes às quintas-feiras (nos períodos vespertino e noturno) e às sextas-feiras (em período integral), com encontros pontuais aos sábados para atividades práticas e visitas técnicas. O curso é reconhecido pela CAPES e abrange duas linhas de pesquisa: “Manejo e Sustentabilidade do Cafeeiro” e “Tecnologia em Cafeicultura”.

Foco em pesquisa e desenvolvimento

De natureza multidisciplinar, o programa reúne 14 professores doutores de diferentes áreas, promovendo uma formação voltada à pesquisa aplicada, transferência de tecnologia e desenvolvimento de soluções inovadoras. A expectativa é que os trabalhos desenvolvidos gerem produtos técnicos e tecnológicos como cultivares, patentes, boletins e ferramentas voltadas ao aumento da produtividade, sustentabilidade e competitividade da cafeicultura.

“O curso não segue o formato tradicional das pós-graduações esporádicas. Ele é presencial, exige dedicação e gera resultados concretos para o setor cafeeiro. É um passo importante para consolidar ainda mais o Espírito Santo como referência nacional em café”, completa Moreira.

A importância da cafeicultura no Espírito Santo

Vale lembrar que o Espírito Santo tem uma base consolidada na cafeicultura, sendo o segundo maior produtor do Brasil, com grande destaque para a produção de café conilon, sendo o maior produtor nacional. O estado também tem uma produção expressiva de café arábica.

A cafeicultura é uma das principais atividades agrícolas do Espírito Santo, gerando renda e emprego para muitas famílias e representando uma parte significativa da economia local.

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