
A família da pequena Maya Pereira, de 1 ano, morta em Porto de Cariacica, em Cariacica, já havia sido denunciada pelo crime de maus-tratos. As informações foram repassadas pela tia, Rafaela Karina Santos, para a TV Vitória.
Maya foi encontrada morta dentro de casa com várias lesões e marca de mordida no braço. O suspeito, de 19 anos, identificado como Thiago Colodoni Barcelos, procurou a delegacia no domingo (18), se entregou e foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana.
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Em entrevista à reportagem da TV Vitória, Rafaela contou que os pais da criança haviam sido denunciados ao Conselho Tutelar quando moravam em Santa Leopoldina, na região Serrana.
A denúncia era de maus- tratos, porque todas as vezes que eles iam em um bar da região, alguém percebia um machucado diferente, um roxo diferente. Com isso, acionaram o Conselho Tutelar.
Ainda de acordo com Rafaela, a família chegou a receber visitas do Conselho Tutelar em casa e era auxiliada com uma cesta básica.
Além disso, a tia disse que durante o período de dois meses, Maya ficou sob os cuidados de uma prima da mãe. Durante os cuidados, a mulher também percebeu hematomas e possíveis marcas de cigarro.
“A prima me relatou que a bebê estava sempre com algum roxinho e sempre a mãe estava com resposta na ponta da língua para dar, sempre falando que ela caiu”.
No entanto, segundo o relato, a mãe teria retirado Maya sem autorização do Conselho Tutelar e se mudado com a criança para Cariacica, na Grande Vitória.
Criança teve fígado perfurado
A bebê teria sido espancada brutalmente pelo suspeito. Ela teve a caixa torácica fraturada, o que teria perfurado o fígado da criança e causado uma hemorragia interna.
Thiago se entregou à polícia e confessou o crime. O suspeito, de 19 anos, procurou a delegacia no domingo (18). Ele foi autuado em flagrante por feminicídio qualificado, por motivo fútil, e encaminhado para o Centro de Triagem de Viana.
Por nota, a Polícia Civil informou que a mãe da criança foi ouvida e liberada, uma vez que não havia elementos para a prisão em flagrante. O caso seguirá sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM).
O que fiz o Conselho Tutelar sobre o caso?
Por meio de uma nota, o Conselho Tutelar de Santa Leopoldina informou que em respeito ao art. 17 da lei 8.069/1990 – Estatuto da Criança e Adolescente, não fornece a terceiros as informações referentes às famílias e sobre os atendimentos realizados, que são repassados somente ao Ministério Público e à autoridade judiciária.