Continua internada na UTI do Hospital Infantil Milena Gottardi, em Vitória, a menina de 4 anos baleada durante um ataque criminoso no Morro da Capixaba. Ela e outras três pessoas foram feridas em um tiroteio que teria sido comandado por traficantes do Morro da Piedade.
O crime aconteceu na tarde de domingo (18), enquanto moradores se reuniam no Mirante da Capixaba.
Segundo testemunhas, cerca de cinco criminosos saíram da mata, chegaram atirando contra um grupo que estava no local.
Menina baleada foi atingida no tornozelo e no peito
A criança foi atingida no tornozelo e no peito. Ela teve órgãos perfurados e não há previsão de alta.
“Eles chegaram já atirando. O vizinho viu o cara e pediu: ‘Por favor, não atira que tem criança aqui’. Mas ele não quis saber. Atirou. Minha filha estava sentada vendo desenho no telefone. Ela foi a primeira a receber o tiro”, contou uma moradora.
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Menos de 24h após o tiroteio, o estado de saúde da menina ainda é considerado delicado. Segundo familiares, ela permanece sedada e entubada, pois os médicos não podem deixá-la acordar por causa da pressão arterial.
“Os médicos fizeram a cirurgia, mas ela não pode ficar acordada, porque quando acorda a pressão aumenta. Ela está entubada. Não vão tirá-la da sedação agora, por conta da dor. Vão manter até o médico pediatra dizer que pode começar a acordá-la aos poucos”, relatou a moradora.
A Polícia Militar foi acionada e o helicóptero do Notaer sobrevoou a área durante as buscas.
Suspeitos teriam fugido por trilha
Os suspeitos teriam fugido por uma trilha que liga o Morro da Capixaba ao Parque da Fonte Grande, área próxima ao Morro da Piedade, de onde teriam partido os atiradores.
Todas as vítimas baleadas foram levadas para o Hospital São Lucas. A mãe da menina, um jovem e uma mulher já receberam alta. Apenas a criança segue hospitalizada.
Moradores contaram que a tarde era de confraternização entre vizinhos. Crianças assistiam aos desenhos no celular enquanto adultos jogavam dominó. O clima pacífico foi interrompido pela chegada dos criminosos, que, mesmo alertados de que havia crianças no local, não pararam de atirar.
“Pediram: ‘Não atira, tem criança’. Mesmo assim, eles continuaram atirando. Minha filha foi a primeira a ser atingida”, contou a avó da menina.
A Polícia Civil investiga o caso por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP) de Vitória. Até o momento, ninguém foi preso.
*Com informações da repórter Luciana Leicht, da TV Vitória/Record
