
Vitória, Cariacica e outros municípios têm escolas participando da Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBF), uma iniciativa nacional que estimula o ensino da ciência de forma prática, desafiando os estudantes a construírem e lançarem seus próprios foguetes feitos com materiais recicláveis, como garrafa PET.
Com projetos criativos, falas inspiradoras e apoio dos professores, os alunos mostram protagonismo estudantil e desenvolvem habilidades em física, matemática, trabalho em equipe e autonomia.
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Emoção nos lançamentos dos foguetes

Na Capital, estudantes da EMEF Rita de Cássia Oliveira, no bairro Resistência, participam da competição com oito equipes inscritas. Os lançamentos aconteceram entre os dias 12 e 14 de maio.
“Está sendo uma experiência muito boa, porque nunca tivemos essa oportunidade antes. A maior dificuldade foi colar as partes do foguete, mas todo mundo se ajudou. Foi algo diferente, praticamos coisas novas e isso nos motivou a querer melhorar a cada dia”, disse Ana Maria Santos, aluna do 7º ano.
Já para Guilherme Rangel, também do 7º ano, o projeto teve um significado especial: “Sinto orgulho, como se estivesse dando um passo em direção ao futuro. Isso deixa a gente feliz e muito grato por essa oportunidade”.

As professoras Larissa Feijó e Caroline Trevelin ressaltam que a ação vai além dos conteúdos curriculares e fortalece a autonomia dos estudantes. A diretora Elaine Vieira pontuou que a atividade permitiu o destaque de alunos que normalmente não se sobressaem em disciplinas teóricas.
Foguetes ultrapassam os 100 metros de distância
Na CEEFMTI Professora Maria Penedo, em Itacibá, e na EMEF Professora Tânia Poncio Leite, em Vila Cajueiro, os alunos mostraram criatividade na construção dos foguetes, utilizando desde papelão e bexiga com água até impressoras 3D.

Eduarda Carvalho, 18 anos, estudante do 3º ano, explica como foi o processo:
“Foi uma experiência muito boa, porque era algo que a gente queria muito. Fizemos o foguete com papelão, garrafa PET e uma bexiga com água para dar peso. Com o projeto Mais Ciência nas Escolas, conseguimos usar a impressora 3D. Nosso foguete chegou a 130 metros de distância!
Nathalia Oliveira Muniz, 16 anos, do AEE, destacou a importância social do projeto:
“Foi incrível e importante para os alunos se socializarem e terem mais contato com os professores. Fizemos o foguete com garrafa PET, papel-cartão, cola quente e uma base de PVC. O nosso voou mais de 100 metros!”

Veja o momento de um lançamento:
O professor de Física Maik Lebarck Caliari acompanha os alunos e comemora o envolvimento:
“Foi uma das experiências mais marcantes do ano. Esse tipo de atividade estimula a experimentação, o trabalho em equipe e desperta o interesse pela Física e Astronomia”.
Na EMEF Professora Tânia Poncio Leite, os alunos do 4º e 5º ano participaram dos lançamentos, que foram organizados em gráficos e tabelas. A diretora Luciana Zanette destaca:
“Nosso maior objetivo é proporcionar experiências significativas, em que os alunos se sintam protagonistas do próprio aprendizado”.
Rede estadual tem 13 escolas envolvidas
A Secretaria de Estado da Educação (Sedu) confirmou a participação de escolas da rede estadual na Olimpíada.
São 13 escolas estaduais envolvidas, incluindo unidades de Conceição do Castelo, Castelo, Montanha, Cariacica, Boa Esperança, Vitória, Venda Nova do Imigrante, Vargem Alta, Serra e Domingos Martins.
A Sedu destacou que as instituições estão utilizando os projetos como ferramenta de incentivo à ciência, promovendo o uso de tecnologias como impressoras 3D e recursos didáticos para construção dos foguetes.
E quando saem os resultados?
Após a realização dos lançamentos e o envio dos resultados na plataforma oficial da Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBAFOG), as escolas aguardam a divulgação dos desempenhos das equipes.
Com base nesses resultados, as melhores equipes são convidadas a participar da Jornada de Foguetes, um evento presencial que ocorrerá em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro.
Durante a Jornada de Foguetes, os estudantes terão a oportunidade de realizar novos lançamentos, interagir com participantes de diversas regiões do país e aprofundar seus conhecimentos em atividades relacionadas à ciência e tecnologia.
Além disso, os alunos que se destacarem na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) poderão ser convidados para a Escola de Astronomia, um programa intensivo que visa preparar os estudantes para competições internacionais, como a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) e a Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA).
*Texto sob a supervisão da editora Erika Santos