O novo papa, Leão 14, celebrou neste domingo a missa inaugural de seu papado condenando o modelo econômico que “explora os recursos da Terra” e “marginaliza os pobres”. Na ocasião, o papa recebeu das mãos do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) um convite para que compareça à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em novembro, em Belém.
Alckmin foi o representante do Estado brasileiro na missa celebrada por Leão 14, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Outras 140 delegações de países e organizações internacionais estiveram no evento, incluindo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski. Cerca de 150 mil pessoas assistiram à cerimônia, que começou às 10h do horário local (5h no horário de Brasília).
Leão cumpriu alguns rituais do início do papado, como o recebimento do Pálio, símbolo da posição do papa como pastor dos católicos, e do Anel do Pescador, com a imagem do apóstolo Pedro, usado para autenticar documentos do Vaticano. Depois, falou aos presentes pedindo paz e fraternidade.
“Ainda vemos demasiada discórdia, feridas causadas pelo ódio, a violência, os preconceitos, o medo do diferente e um paradigma econômico que explora os recursos da Terra e marginaliza os mais pobres”, disse Leão 14.
“Queremos ser, dentro desta massa, um pequeno fermento de unidade, comunhão e fraternidade. Queremos dizer ao mundo, com humildade e alegria: olhem para Cristo, aproximem-se dele”, acrescentou ele.
O estadunidense naturalizado peruano disse que foi escolhido para substituir o papa Francisco, morto no último dia 21, “sem mérito, com temor e tremor”. Disse que não pretende ser “um líder solitário ou um chefe acima dos outros”.