
A empresa de logística, Log-In Logística Integrada, registrou lucro líquido de R$ 26,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, uma alta de 219,3% em comparação ao mesmo período de 2024. O desempenho foi impulsionado pelo crescimento das operações de Feeder e pela retomada econômica da Argentina, que beneficiou os serviços no Mercosul.
A Receita Operacional Líquida (ROL) totalizou R$ 683,8 milhões, avanço de 10,4% frente ao primeiro trimestre de 2024. Além disso, o segmento de Navegação Costeira foi o principal responsável pelo resultado, com receita de R$ 462 milhões – crescimento de 20,6%. Desse total, o Feeder respondeu por R$ 221,1 milhões, atingindo um recorde histórico.
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O EBITDA ajustado somou R$ 153,1 milhões, alta de 6,8%. De acordo com o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Log-In, Pascoal Gomes, os números refletem a consistência da estratégia da companhia mesmo diante de desafios.
Apresentamos crescimento consolidado de Receita e EBITDA, impulsionado pela Navegação, com destaque para o Feeder. A modernização da frota e a expansão dos serviços têm nos permitido capturar oportunidades e oferecer soluções cada vez mais completas e sustentáveis aos nossos clientes. Pascoal Gomes, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Log-In.
Outros números da empresa
A Navegação Costeira transportou 194,1 mil TEUs, alta de 24,6% frente ao 1T24. O Feeder liderou o avanço com 140,9 mil TEUs, crescimento de 48,8%, puxado pelo novo serviço Shuttle Navegantes (SSN). Já no Mercosul, a receita cresceu 37% e o volume transportado subiu 17%, refletindo a valorização cambial e a recuperação econômica da Argentina.
Além disso, na Cabotagem, houve retração de 17,6% no volume devido à maior competitividade do mercado.
Terminal Portuário de Vila Velha
O Terminal Portuário de Vila Velha, operado pela Log-In no Espírito Santo, teve ROL de R$ 88,1 milhões, estável em relação ao ano anterior. Assim, em termos de volume, foram movimentados 50,5 mil contêineres e 102,6 mil toneladas de carga geral, quedas de 10% e 20%, respectivamente.
De acordo com a empresa, a retração se deve à sazonalidade da safra de café, menor importação de veículos elétricos e reflexos da obra de retrofit, concluída em setembro de 2024.
Apesar disso, o terminal registrou o segundo maior volume histórico de contêineres para um primeiro trimestre. A produtividade operacional aumentou 48% e o índice de satisfação do cliente (NPS) atingiu o maior nível desde 2022. A Log-In também assinou contrato para exploração de uma nova área de 70 mil m² no Porto de Vitória, ampliando a capacidade do terminal.
Encerramos uma fase importante com a modernização dos portêineres, que já se reflete em ganhos de produtividade e confiabilidade nas operações. Agora, o foco está na reconquista de cargas impactadas pelas limitações temporárias durante as obras. Além disso, a nova área no porto de Vitória reforça nosso compromisso de ampliar a capacidade do TVV com infraestrutura adequada para atender às demandas futuras do mercado, tanto capixaba quanto nacional. Gustavo Paixão, diretor de terminais da Log-In.
Rodoviário e ESG
O segmento rodoviário, operado pelas marcas Tecmar, registrou ROL de R$ 122,4 milhões, queda de 7,7%, reflexo do reposicionamento da empresa no segmento de carga fracionada.
Por outro lado, houve crescimento na armazenagem e plena operação no transporte de contêineres nos portos de Santos, Itajaí e Suape. Destaque também para a redução de 40% nas ocorrências rodoviárias, mesmo com o aumento da frota.
Na agenda ESG, a Log-In melhorou a eficiência da frota em 17% no consumo de combustível e recebeu nota B- no Carbon Disclosure Project (CDP). No campo social, houve avanço em programas de estágio, equidade de gênero (ELLAS) e ações comunitárias. Na governança, a integração da Tecmar Norte ao sistema SAP fortaleceu os controles internos.