
Se antes o luxo era sinônimo de mansões, carros importados e roupas de grife, esse conceito parece estar mudando – e rápido. A nova geração de investidores, especialmente os nascidos entre 1997 e 2012 (Geração Z), está mudando o foco de “ter” para “viver”. E isso tem mexido com o mercado de consumo e investimentos em todo o mundo.
Para David Martins, consultor financeiro, essa transformação tem explicações comportamentais e financeiras. “Eles cresceram com acesso a muita informação e tecnologia. Apesar de parecerem mais racionais, a emoção e os fatores sociais ainda pesam muito na hora de investir“, afirma.
Geração Z: o luxo agora é invisível – mas impacta
A chamada “nova riqueza” não quer mais um carro na garagem: quer uma viagem transformadora ou um retiro de bem-estar. Segundo Martins, a Geração Z valoriza experiências, bem-estar e propósito. E isso se reflete também no tipo de investimento que escolhem.
“Existe uma conexão direta entre o desejo por experiências significativas e a busca por investimentos de impacto“, explica o consultor. Em vez de ações de grandes empresas tradicionais, eles estão de olho em startups, fintechs e companhias alinhadas com causas ambientais e sociais.
Apesar da aparência técnica, a Geração Z é altamente influenciada por tendências e validação digital. “Eles seguem hypes como criptomoedas, NFTs e querem resultados rápidos“, pontua Martins. “A busca por inclusão e pertencimento, principalmente nas redes sociais, tem forte influência nas decisões financeiras.”
Marcas de luxo precisam se reinventar
E as marcas de luxo? Precisam correr. “Essa geração quer consumir produtos com propósito, autenticidade e impacto positivo. Luxo por ostentação está ficando para trás“, diz Martins. Para atrair os novos consumidores financeiramente conscientes, as marcas precisam oferecer mais do que status: precisam contar histórias, entregar experiências e mostrar responsabilidade social e ambiental.
Setores que devem bombar até 2028
De olho nesse novo padrão de consumo, David Martins destaca os setores com maior potencial de crescimento nos próximos anos:
- Bem-estar e saúde: foco em alimentação saudável, estética e qualidade de vida;
- Tecnologia: uso intensivo e constante da digitalização;
- Turismo de experiência: viagens culturais, ecológicas e transformadoras;
- Luxo com propósito: produtos duráveis, sustentáveis e com storytelling;
- Sustentabilidade e energia limpa: uma prioridade para quem quer investir com consciência.
A nova elite da Geração Z não quer só retorno financeiro. Quer impacto, propósito e uma vida com significado.
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