
Com a chegada das férias, muitos consumidores começam a planejar suas viagens, escolhendo voos ou pacotes turísticos. Entretanto, é essencial estar a par dos direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) para evitar aborrecimentos durante as viagens. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) tem intensificado suas ações para informar e proteger os consumidores, principalmente em períodos de alta demanda.
Entre os temas abordados, destacam-se os direitos relacionados a imprevistos com voos e alterações de pacotes turísticos. A Senacon reforça a importância de conhecer as normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do CDC, que asseguram proteção ao consumidor em diversas situações. Recentemente, a Anac lançou uma nova cartilha online explicando os direitos dos passageiros, disponível no site oficial.
Quais são os direitos dos passageiros de voos?
Viagens aéreas podem enfrentar atrasos, cancelamentos e overbooking, que acontece quando mais bilhetes são vendidos do que a capacidade da aeronave. Nessas situações, os passageiros têm direitos específicos. Se o atraso for superior a uma hora, as companhias aéreas devem oferecer meios de comunicação, como telefone ou internet. Para atrasos superiores a duas horas, é necessário fornecer alimentação aos passageiros.
Se o atraso ultrapassar quatro horas, a empresa deve oferecer acomodação ou hospedagem e transporte até o local. Em casos de cancelamento ou atrasos significativos, o passageiro pode solicitar reembolso total, ser reacomodado em outra aeronave ou optar por outro meio de transporte. As companhias devem informar, em tempo real, a situação do voo e as causas para qualquer contratempo.

Quais direitos os consumidores têm em pacotes turísticos?
Os consumidores de pacotes turísticos também têm importantes proteções. Alterações unilaterais pela agência de turismo, como mudanças de itinerário ou hospedagem, não são permitidas sem consentimento do cliente. Caso ocorram, o consumidor pode cancelar e receber reembolso total ou aceitar outro pacote de igual ou maior valor sem custo adicional.
Se o cancelamento for por parte do consumidor, podem ser aplicadas multas proporcionais, desde que previstas em contrato e claramente comunicadas. Se a agência não cumprir o combinado, como oferecer uma hospedagem diferente, o consumidor pode exigir reparação ou indenização por danos materiais e morais.
Quais são as dicas práticas para evitar problemas durante viagens?
A Senacon sugere que os consumidores leiam atentamente os contratos antes de fechar pacotes ou adquirir passagens. Verificar todas as cláusulas, esclarecer dúvidas sobre multas por cancelamento e documentar tudo é fundamental. Planejar com antecedência e fazer reservas antecipadas pode ajudar a reduzir custos e evitar contratempos.
Guardar comprovantes de pagamento, e-mails e comunicações com fornecedores é crucial, pois servem como prova em casos de pedidos de reparação. A Senacon disponibiliza a plataforma consumidor.gov.br, onde os consumidores podem registrar reclamações contra agências de viagens, companhias aéreas e hotéis. Além disso, a Senacon tem promovido workshops gratuitos em várias capitais do país para educar os consumidores sobre seus direitos.
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