Cães farejadores treinados ajudam no combate ao narcotráfico em Santarém


O trabalho desses cães, seja na detecção de entorpecentes ou na proteção em situações críticas, é vital para o sucesso das operações. Cadela Bardô foi treinada para atuar em missões especiais
Kamila Andrade/ g1
Em Santarém, oeste do Pará, a participação da cadela farejadora batizada de Bardô, durante uma operação do 35º Batalhão, em que foram apreendidas drogas escondidas em barras de ferro, mostra a importância desses animais treinados no combate ao tráfico na região.
Tenente Coronel Wilton Chaves explicou que a Bardô, uma cadela treinada, desempenhou um papel crucial na varredura, identificando a presença do entorpecente. A habilidade de farejamento dos cães é uma peça-chave para detectar entorpecentes de maneira eficaz e ágil.
Ao destacar as habilidades específicas dos cães empregados nas operações, o oficial ressaltou a distinção entre cães de farejamento e cães de guarda e proteção. Enquanto os primeiros são dóceis e brincalhões, excelentes para identificar odores, os segundos, embora também possuam um olfato aguçado, são treinados para agir com mais agressividade em situações que exigem desarmamento.
“O cão de farejamento é um cão muito mais dócil, é um cão brincalhão. Os sinais técnicos vão identificando o cão que tem um faro melhor, enquanto o de guarda de proteção, apesar de ter um faro bem aguçado também, às vezes ele tem um pouquinho mais de agressividade”, explicou.
O trabalho conjunto desses cães, seja na detecção de entorpecentes ou na proteção em situações críticas, é vital para o sucesso das operações policiais.
“Uma ocorrência de uma pessoa armada, um gerenciamento de crise, onde eu preciso, não tenho como utilizar uma arma de fogo, eu posso utilizar o cão para fazer o desarme do cidadão e, com isso, proteger as vítimas que estão ali”, ressaltou o Coronel Chaves.
Segundo o 3º Sargento Jonathan Feitosa, responsável pelos cães de farejamento, informou que no treinamento desses animais estão incluídos: associação do odor à recompensa até a fase de treinamento avançado, onde os cães estão prontos para atuar nas operações reais. Esse processo leva, em média, dois a dois anos e meio.
A equipe atualmente conta com cinco cães de farejamento e um de guarda e proteção. Dois desses cães, com apenas quatro meses, estão em fase inicial de treinamento, enquanto os demais já possuem 90% do treinamento concluído.
O Sargento Feitosa explicou também que esses animais recebem treinamentos versáteis, não apenas na detecção de entorpecentes, mas também em operações de busca e resgate. O olfato canino otimiza o tempo e a precisão das operações, fazendo com que tarefas que levariam horas sejam realizadas em minutos.
“Santarém é um corredor do narcotráfico e o cão ajuda nisso aí. Em 15 minutos você faz uma varredura no navio de dois, três andares. É muito mais rápido e você consegue fazer muito mais com o cão”, informou o sargento Feitosa.
*Colaborou Latoya Lucas, produtora de jornalismo da TV Tapajós
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