
A exposição “Arte Africana através da Técnica da Papietagem” marca o resultado de uma experiência prática e teórica desenvolvida por alunos do ensino médio sob a orientação do professor de artes da escola Vinicius de Moraes. Durante o ano letivo, os estudantes mergulharam no universo da arte africana, conhecendo suas origens, significados e simbologias.
Inspirados por essa cultura rica e ancestral, os alunos confeccionaram vasos e máscaras africanas utilizando a técnica da papietagem — que consiste na modelagem com papel higiênico, cola, água e bexigas. A exposição, ambientada com uma decoração intimista e temática, visa valorizar o protagonismo dos estudantes e aproximar a comunidade escolar da arte e da cultura afrodescendente.
O professor de artes da unidade escolar, Clésid Rangel, destacou ao Acorda Cidade que faz parte do contexto da escola trabalhar a arte africana. “Faz parte do currículo escolar e nossa escola é muito atenta a essas questões”.

O professor Rangel falou ainda sobre a importância de os alunos entenderem na prática o que é visto durante as aulas em sala. “É sair do óbvio, gerando um aprendizado mais completo, desenvolvendo aspectos cognitivos como aprender a pensar, resolver problemas, além de valorar a arte dos povos africanos. Essa técnica é artesanal, criativa e ajuda na coordenação motora, estimula a paciência e a consciência ambiental, uma vez que você pode utilizar materiais recicláveis e reutilizáveis”.
Ele afirmou que no início das atividades alguns estudantes resistiram, por conta do processo que é trabalhoso, mas destacou que durante o caminhar, eles se sentiram mais à vontade. “Os alunos aprenderam sobre a riqueza dos detalhes que essa cultura tem, o simbolismo das roupas, suas danças e tradições e principalmente sobre a formação da identidade brasileira e as influências que a África tem sobre nós”, disse.

A professora Isabela Casaes, considera a ideia da atividade fantástica. “Existe uma lei que nos obriga a trazer esses discursos para a sala e são reflexões para o crescimento intelectual dos nossos alunos. Isso é muito importante”.

O estudante Pedro Antônio, que cursa o 3º ano, fez a criação de duas máscaras com objetos geométricos. “Demorei uns dois dias para a construção. A gente fez os objetos e depois foi só colorir. Achei a ideia muito interessante, já tinha visto outras artes de papietagem e gostei muito de praticar”, afirmou.

Samantha Souza, estudante do 3º ano, afirmou ao Acorda Cidade que a experiência foi muito enriquecedora. “A arte africana tem muito simbolismo, muita expressão e colocar meu estilo e meu pensamento sobre essa arte é muito inspirador. Gostei muito da parte da pintura, foi muito relaxante”.

O estudante Caio Vinicius também gostou da prática. “Achei o projeto muito interessante. O mau jarro foi um processo bem trabalhado, bem dinâmico. O professor ensinou a técnica na sala de aula e eu pude aplicar em casa com mais calma. Foi uma atividade que me desenvolveu uma paciência muito grande, me trouxe paz em trabalhar com papel”, disse.
A estudante Kiria Sampaio Ribeiro, do 2º ano, considera que é muito importante incluir essas discussões na grade curricular. “Foi uma experiência muito imersiva, prática, onde a gente colocou a mão na massa. Isso ajuda até a gente a fixar melhor os assuntos”.
Kiria afirmou que desde pequena tem apreço pela arte. Atualmente ela tem um perfil no Instagram onde divulga e comercializa seus desenhos. “Eu desenho desde pequena e recentemente tenho dado aula de artes para algumas crianças. Tenho um Instagram onde posto meus trabalhos e vendo essas artes @_inksana
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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