Irã afirma que nenhuma eventual ameaça dos EUA ficará sem resposta

‘Não buscamos uma guerra, mas não temos medo e não fugimos dela’, disse o chefe da Guarda Revolucionária Iraniana. Irã afirma que nenhuma eventual ameaça dos EUA ficará sem resposta
No Oriente Médio, aumentou a temperatura dos conflitos desencadeados pela guerra entre Israel e o Hamas. O governo do irã anunciou que nenhuma ameaça dos Estados Unidos vai ficar sem resposta.
O chefe da guarda revolucionária iraniana mandou um recado a Washington.
“Ouvimos ameaças desnecessárias de autoridades americanas. Nós não deixamos ameaças sem resposta. Não buscamos uma guerra, mas não temos medo e não fugimos dela”, diz ele.
Nesta terça-feira (30), a milícia apoiada pelo Irã que assumiu o ataque que matou três soldados americanos, na Jordânia, no fim de semana, decidiu baixar as armas.
O braço do grupo resistência islâmica do Iraque anunciou a suspensão dos ataques contra bases americanas. O anúncio surpresa foi visto como um sinal de que Teerã tem agido nos bastidores para aliviar a tensão.
Desde que o grupo terrorista Hamas – também apoiado pelo Irã – atacou Israel, no dia 7 de outubro, a violência tem se espalhado para outros países do Oriente Médio.
Agora, as atenções estão voltadas para o presidente Joe Biden. Ele disse nesta terça que sabia como ia responder ao ataque na Jordânia, mas não disse como nem quando. Autoridades da Casa Branca afirmaram que a retaliação deverá ser em etapas, com múltiplas ações ao longo do tempo, em vez de apenas um único ataque, e que também não devem acontecer dentro do território iraniano.
Em Jerusalém, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu o fim da missão da agência da ONU para refugiados palestinos durante um encontro com uma comitiva das Nações Unidas.
O governo israelense acusou um grupo de funcionários da agência de envolvimento nos ataques terroristas de 7 de outubro. A ONU demitiu os funcionários e abriu uma investigação. A acusação israelense levou mais de dez países apoiadores da agência a suspender os repasses à organização.
O secretário geral António Guterres fez um novo apelo para que os governos mantenham o financiamento.
“A agencia é a espinha dorsal de toda a resposta humanitária em Gaza. O sistema humanitário está em colapso. Estou extremamente preocupado com as condições desumanas enfrentadas pelos 2,2 milhões de habitantes que lutam para sobreviver sem nenhum dos itens básicos”, diz ele.
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